Polícia

31/07/2019 13:09

PRF preso envolvido em esquema criminoso já tinha passagem por contrabando

À época, nada foi provado e policial continuou atuando

31/07/2019 às 13:09 | Atualizado 31/07/2019 às 16:59 Nathalia Pelzl
Luiz Alexandre Gomes - André de Abreu

Policial Rodoviário Federal (PRF) preso na manhã desta quarta-feira (31), em operação de combate ao contrabando de cigarros, Alaercio Dias Barbosa já tinha respondido pelo mesmo crime, no entanto, como nada foi comprovado na época, ele seguiu atuando na instituição.

De acordo com o superintendente da PRF, Luiz Alexandre Gomes, toda e qualquer ação criminosa dentro da corporação deve ser investigada. Ele destacou ainda que casos como o de hoje são isolados e que, se necessário, “cortam a própria carne”.

Os PRFs presos recebiam para facilitar a entrada de cigarros contrabandeados no Brasil. A operação 'Trunk’ cumpriu mandados de busca e apreensão em São Paulo, Paraíba e Mato Grosso do Sul. Os criminosos passaram a ser investigados em 2018, após a apreensão de mais de 430 mil maços de cigarros contrabandeados no Estado.

Cinco pessoas foram presas, sendo os dois policiais rodoviários federais presos em serviço, um em São Paulo e outro em Dourados. Duas prisões foram em Ponta Porã - um dos lideres do grupo e sua esposa que era responsável pelo financeiro - e uma em Rio Brilhante.

Já um vereador de Paraíba – braço do esquema no Nordeste - está foragido, além de dois batedores.

Ao todo, os valores de produtos ilícitos apreendidos, em uma contagem superficial, ultrapassam as cifras de R$ 70 milhões, demonstrando o poder econômico da Organização Criminosa.