Cidades

29/10/2019 12:27

Em crise, Santa Casa para cirurgias eletivas e faz empréstimo para pagar salários

Segundo Esacheu, Governo e Prefeitura devem mais de R$ 24 milhões à unidade

29/10/2019 às 12:27 | Atualizado 29/10/2019 às 17:03 Nathalia Pelzl e Dany Nascimento
André de Abreu

O presidente da Santa Casa, Esacheu Nascimento, declarou que a prefeitura de Campo Grande e o Governo de Mato Grosso do Sul têm uma dívida que ultrapassa os R$ 24 milhões com o hospital.

A informação foi repassada nesta terça-feira (29), em coletiva de imprensa, onde o gestor da unidade tornou pública a situação financeira da instituição.

Desde a última sexta-feira (25), 34 cirurgias eletivas foram canceladas, devido ao baixo estoque de medicamentos e materiais cirúrgicos.

Ele destacou que, por semana, cerca de R$ 1 milhão é utilizado para os itens necessário, sendo que é preciso um investimento de 4 milhões a R$ 5 milhões por mês para não haja um desabastecimento. Além disso, ele lembrou que a entrega dos materiais demora de 5 a 7 dias.

“Esperamos que, com a entrega dessas compras, possamos retomar as cirurgias”, pontuou Esacheu.

Segundo ele, a Santa Casa recebe, por dia, de 150 a 200 pacientes, sendo que a maioria precisa passar por cirurgia

Conforme informações divulgadas hoje, a unidade tem recursos referentes ao mês de julho, agosto e setembro para receber da Prefeitura de Campo Grande e do Governo do Estado, o que contribuiu para a falta de serviços de alta complexidade.

Além disso, para cumprir com um pagamento do salário dos médicos, que estava em atraso há três meses, a administração solicitou um empréstimo de R$ 10 milhões para pagar os salários.

Esacheu Nascimento informou ainda que já comunicou a situação a MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) .