Campo Grande

27/11/2019 19:00

Advogado escala 'famosos' para 'bombar' defesa de Jamil Name na Omertà

Uma das testemunhas de defesa teve cheque encontrado no quarto do empresário

27/11/2019 às 19:00 | Atualizado 28/11/2019 às 07:56 Thiago de Souza
Danny Nascimento

Advogado Renê Siufi escalou oito pessoas como testemunhas de defesa do cliente Jamil Name contra as acusações reveladas na Operação Omertà, do Gaeco e Polícia Civil. Entre eles estão comerciantes, pecuaristas e desembargadores, como Joenildo de Souza Chaves.

O desembargador aposentado do Tribunal Regional do Trabalho, em MS e ex-presidente da corte, Abdalla Jallad, viúvo da ex-deputada estadual Celina Jallad, está no rol dos convocados para apoiar a defesa de Name pai. A lista ainda é engrossada com o nome do ex-vice-presidente do Tribunal de Justiça de MS, desembargador Carlos Stephanini.

As demais testemunhas elencadas pela defesa são Marcos Marcelo dos Anjos Martins, Antônio Carlos de Alcântara, José Alberto Franco da Silva e Marcio dos Santos Kutemberg.

Cheque

No dia da deflagração da operação, 27 de setembro, durante as busca e apreensão na casa de Jamil Name, a força-tarefa encontrou um cheque no nome do desembargador aposentado Joenildo Souza Chaves.

A lâmina é do banco Bradesco, no valor de R$ 100 mil, e estava no quarto do empresário, junto a outro cheque de Zeca do PT, do mesmo valor. Joenildo, que agora é testemunha, presidiu o TJMS por um ano e meio.

Jamil Name e Jamil Name Filho estão presos desde o dia 27 de setembro. Depois de semanas no complexo prisional do Jardim Noroeste, ambos foram levados para o presídio federal em Campo Grande e depois para a unidade em Mossoró (RN).

Outras 21 pessoas são investigadas por integrarem, em diferentes núcleos, uma milícia armada responsável por, ao menos, cinco execuções em Campo Grande. Todas as vítimas eram desafetos da família Name e foram fuziladas em via pública.