Polícia

16/12/2019 07:00

Tchau saidinha: pacote anticrime de Sérgio Moro pode castigar presos 'famosos' de MS

Presos que cometeram crimes hediondos perdem o direito de utilizar o benefício da saída temporária

16/12/2019 às 07:00 | Atualizado 16/12/2019 às 10:02 Dany Nascimento
Reprodução

O pacote anticrime, aprovado na última semana na Câmara dos Deputados, inserido no artigo 122 da lei de execução penal, pode ‘castigar’ presos de Mato Grosso do Sul, que tiveram coragem de assassinar seus próprios familiares, cometendo crime hediondo, que são aqueles que merecem maior reprovação do Estado.

Segundo o texto elaborado pelo ministro Sérgio Moro, o preso que cumpre pena pela prática de crime hediondo com resultado morte não terá direito à saída temporária.

O pai que matou o filho, Evaldo Christyan Dias Zenteno, 21 anos, deve ser um dos detentos a ter a regalia cortada com o projeto. Ele confessou que matou o filho, Miguel Henrique dos Santos Zenteno, 2 anos, afogado em uma bacia em uma residência no bairro Parati, em Campo Grande.

O Policial Militar Ambiental Lúcio Roberto Queiroz da Silva, 36 anos, também deve ter o benefício cortado e ficar sem visitar a família. Ele matou a esposa com disparos de arma de fogo na frente do filho. O policial teria recebido prints de conversas da esposa Regianni Araújo, 32 anos, com o corretor de imóveis Fernando Henrique Freitas, 31 anos.

Desconfiado de uma possível traição, Lúcio pegou um revólver, foi até a casa da sogra de Fernando, entrou na residência e matou a vítima. Em seguida, ele foi até a casa dos pais e atirou várias vezes contra Regianni, que não resistiu aos ferimentos e morreu na frente do filho.