Política

06/04/2020 16:51

Bolsonaro ameaça, mas desiste de demitir Mandetta, diz site

Presidente já tinha se decidido pela exoneração, mas no final da tarde foi convencido por militares,

06/04/2020 às 16:51 | Atualizado 06/04/2020 às 16:55 Nathalia Pelzl
João Alvarez/Fotoarena

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, não vai ser demitido, ao menos por ora.

Conforme divulgado nesta segunda-feira (6), o presidente Jair Bolsonaro já tinha se decidido pela exoneração do principal nome do governo no combate ao coronavírus, mas no final da tarde foi convencido por militares, como os ministros Walter Braga Netto (Casa Civil) e Luiz Eduardo Ramos (Governo), de que a melhor decisão seria manter o ministro por enquanto.

Segundo a Veja, a possibilidade de exoneração, no entanto, continua forte. 

Mandetta bateu de frente com Bolsonaro principalmente por causa da questão da quarentena ampla, que o ministro e as principais autoridades de saúde do mundo defendem, entre elas a Organização Mundial da Saúde (OMS), que lidera os esforços mundiais de combate à pandemia.

Já Bolsonaro prefere flexibilizar o isolamento social por acreditar que a adoção da quarentena vai “quebrar” a economia do país e provocar caos social, o que pode ferir de morte o seu governo.

Ainda segundo a Veja, o deputado federal Osmar Terra, ex-ministro da Cidadania, a imunologista e oncologista Nise Yamaguchi, diretora do Instituto Avanços em Medicina, e o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, são apontados como favoritos a ocupar o cargo. Terra, inclusive, já teria ligado para alguns governadores para anunciar a decisão do presidente.