Geral

há 4 anos

Governo republica demissão de Valeixo, dessa vez sem assinatura de Moro

Juristas apontaram crime de falsidade ideológica

24/04/2020 às 19:44 | Atualizado 24/04/2020 às 19:55 Thiago de Souza
Fernando Frazão - Agência Brasil

O Palácio do Planalto republicou, no início da noite desta sexta-feira (24), a demissão do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo. Na primeira publicação, constava a assinatura do então ministro Sérgio Moro, que negou ter referendado a demissão. 

Na madrugada de hoje, a primeira versão trouxe a assinatura digitalizada do ministro Sérgio Moro. Depois que ele negou que tivesse assinado, ainda que digitalmente, juristas apontaram que o presidente poderia incorrer em falsidade ideológica ao fazer constar a assinatura. 

Assim que terminou o pronunciamento de defesa de Bolsonaro, por volta das 17h30 (DF), o Planalto publicou edição extra do Diário Oficial da União. Dessa vez, a demissão veio com o nome do presidente Bolsonaro e dos ministros Braga Netto, da Casa Civil e Jorge Antônio de Oliveira Francisco, da Secretaria Geral da Presidência.  

Investigação. 

Antes da exclusão da assinatura de Moro, a Procuradoria Geral da República já havia pedido para que o Supremo Tribunal Federal investigue as denúncias feitas por Sérgio Moro. 

A PGR diz que as declarações do ex-ministro indicam cometimento de cinco crimes, entre eles a falsidade ideológica, por constar a assinatura de Moro, advocacia administrativa, coação no curso do processo, prevaricação e obstrução de Justiça. 


Nome de Moro foi retirado da publicação. (Foto: Reprodução Diário Oficial da União)