Saúde

07/05/2020 13:00

COVID-19: ‘peso da máscara é muito menor que de ventilador pulmonar’, decreta secretário

Salto no número de casos da doença em MS causa preocupação nas autoridades de Saúde

07/05/2020 às 13:00 | Atualizado 07/05/2020 às 17:03 Diana Christie
Reprodução/Facebook

Apesar de Mato Grosso do Sul figurar com o melhor índice de controle do novo coronavírus no País, o salto no número de casos da doença causa preocupação nas autoridades de Saúde, que temem o impacto do baixo isolamento social.

Secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende foi bem enfático durante divulgação do boletim epidemiológico desta quinta-feira (7): “os dados já mostram acréscimo significativo, se isso perdurar pelos próximos dias, nós podemos entrar no mesmo padrão que a doença está se apresentando em outros estados de nosso país”.

Em novo apelo para a população ficar em casa, Resende fez um comparativo entre o conforto e a segurança de um lar com a hostilidade de um hospital, mesmo que bem equipado.

“O peso da nossa máscara é muito menor que o peso de um ventilador pulmonar. Sou médico, sei como é pesado. Nunca usei, mas as pessoas que saíram falam que é muito pesado um ventilador pulmonar. A cama da nossa casa é bem mais confortável que um leito de UTI. O ambiente de UTI é muito mais hostil que o ambiente de nossa residência, mesmo que seja a casa mais simples do interior do nosso estado”, destaca.

Dados

Mato Grosso do Sul chegou a 311 casos confirmados e 32 suspeitos da covid-19, com crescimento de 23 casos positivos desde o boletim epidemiológico de ontem (6). As informações são da SES (Secretaria de Estado de Saúde).

Dos 311 casos confirmados, 93 estão em isolamento domiciliar, 189 estão curados e 22 estão internados, sendo 14 em hospitais públicos e oito em hospitais privados. Dois pacientes internados são procedentes de fora do Estado e um é de fora do País. Foram registrados dez mortes.

Desde o dia 25 de janeiro, foram registradas 3.308 notificações de casos suspeitos do novo coronavírus em Mato Grosso do Sul. Destes, 2.944 foram descartados após os exames darem negativo para Covid-19 e 21 foram excluídos por não se encaixarem na definição de caso suspeito do Ministério da Saúde.