Economia

12/05/2020 12:44

Brasil tem 7,19 milhões de empregados utilizando programa do governo para evitar demissão

1 em cada 5 trabalhadores formais já teve redução de salário ou contrato suspenso

12/05/2020 às 12:44 | Atualizado 12/05/2020 às 12:24 Dany Nascimento
Sérgio Lima/Poder360

Devido a pandemia do novo coronavírus, mais de 7 milhões de brasileiros já tiveram redução de jornada e salário ou suspensão do contrato de trabalho. Segundo dados do Ministério da Economia, até as 11h de hoje (12), o programa criado para minimizar os impactos da pandemia e preservar empregos formais já reunia um total de 7,19 milhões de acordos fechados entre empresas e trabalhadores.

Conforme o G1, esse número representa 20,7% dos empregados com carteira de trabalho no setor privado. Uma Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua) do IBGE, demonstra que o país tinha no trimestre encerrado em março 34.736 trabalhadores formais, incluindo os domésticos. Ou seja, 1 em cada 5 trabalhadores formais já teve corte de salário ou contrato suspenso no país.

Diante deste cenário, o governo autorizou redução de jornada e salário de 25%, 50% ou de 70% por um prazo máximo de 90 dias. A medida também permite a suspensão total do contrato de trabalho por até dois meses.

Pelas regras do chamado Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm), os trabalhadores que tiveram corte na jornada e no salário vão receber do governo uma complementação financeira equivalente a uma parte do seguro-desemprego a que teriam direito se fossem demitidos.

Aqueles que tiveram o contrato suspenso vão receber o valor mensal do seguro-desemprego. O programa também prevê auxílio emergencial de R$ 600 para trabalhadores intermitentes com contrato de trabalho formalizado.

A Medida Provisória 936 que criou o programa prevê também a garantia provisória no emprego por um período igual ao da suspensão do contrato ou da redução da jornada. A medida já tem força de lei e já recebeu o aval do Supremo Tribunal Federal, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional em até 120 dias para se tornar uma lei em definitivo.