Campo Grande

24/06/2020 13:10

Capital tem 70% dos leitos ocupados e prefeito pede colaboração da população

Cansado e preocupado, Marquinhos mais uma vez pediu aos empresários para não lotar e fazer aglomerados

24/06/2020 às 13:10 | Atualizado 24/06/2020 às 19:02 Rayani Santa Cruz
Reprodução live Facebook

Em live no Facebook desta quarta-feira (24), o prefeito Marquinhos Trad, disse que o número de leitos ocupados em Campo Grande chega a quase 70%. Segundo ele, algumas pessoas que não davam importância a covid-19, mudaram de ideia e agora, estão preocupados. A capital tem oito óbitos, com 1.446 infectados pelo novo coronavírus.

O prefeito comparou os números da doença com o município de Dourados, onde o número de infectados aumenta e já possui 13 óbitos, mesmo tendo o número menor populacional e sendo cinco vezes menor em termo demográfico.

“A chamada desobediência traz consequência em tudo na vida. E não há como você plantar um pé de laranja e colher mamão. O seu futuro vai depender do seu presente, e a partir do momento, em que existe a desobediência o mal vai permanecer. Dourados está colhendo o que plantou e Campo Grande está colhendo o que plantou. Mas os lugares podem ser trocados amanhã, porque a pandemia não acabou”, disse o prefeito que mais uma vez salientou sobre parte das pessoas que estão ironizando a situação e zombando do vírus.

Ele comentou sobre a importância dos decretos para a defesa e saúde da família e sociedade campo-grandense. E rebateu as críticas sobre as ações implementadas ao início da pandemia e citou a reabertura dos empreendimentos com o cumprimento dos planos de biossegurança. 

“Mais importante do que fechar tudo, é a gente saber conviver com respeito e  educação. O direito coletivo tem que prevalecer sobre o direito individual, e você tem que saber respeitar as pessoas. Se não querem contribuir e ajudar, não prejudica então. Não incentiva, basta não frequentar esses lugares que estão desobedecendo. Mas, ao contrário lota e o parte do comércio não contribui”, diz Marquinhos.

Alerta

Ele citou sobre o bar da rua Antonio Maria Coelho que foi fechado por ter sido a gota d’água, mas avisou que nos bairros, festas e aglomerados continuam. A partir de sexta-feira a fiscalização mais ferrenha iniciará na cidade, onde o toque de recolher começa às 22h.

“Aí a gente fecha, e [o empresário] vai lacrimejar, vai chorar e pedir uma nova chance. Mas depois que morre não tem nova chance. A gente está fazendo tudo o que é possível desde o início, em cinco meses temos oito vítimas. Não vamos jogar isso água abaixo. É um pedido do fundo do meu coração”, desabou o prefeito.