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07/07/2020 19:48

ABSURDO! Indígena sofre aborto e hospital entrega feto em garrafa de plástico

Pai e mão não sabiam nem se poderiam enterrar o pequeno

07/07/2020 às 19:48 | Atualizado 07/07/2020 às 19:36 Thiago de Souza
Reprodução Facebook

A indígena, Jacieli Pego Ramos Balonese, 31 anos, ficou assustada ao receber o feto que havia abortado espontaneamente dentro de uma garrafa plástica, nesta terça-feira (7), em Aracruz, Espírito Santo. Os pais não sabiam sequer se poderiam enterrar o material. 

Conforme o G1, a mulher, que é da etnia Tupiniquim, mora na aldeia Caieiras Velhas e junto do marido gravou um vídeo denunciando o caso. Nas imagens, gravadas na residência do casal e mais três filhos, David revela tristeza e angústia pelo episódio. 

Jacieli conta que o aborto aconteceu em casa e foi levada ao hospital, para fazer a curetagem. Durante esse tempo, o feto ficou com ela dentro do quarto. 
A mulher viu o feto ser colocado por uma técnica de enfermagem em uma garrafa de soro fisiológico, onde foi adicionado formol e uma fita adesiva. Ao pegar a garrafa, ela ficou com as mãos molhadas de formol. 

O que diz o hospital

Em nota, o Hospital São Camilo, informou que “a orientação do município é que a família ou o paciente entregue as peças para o histopatológico na Casa Rosa (que é o serviço municipal responsável pelo envio de materiais)”.

O hospital acrescentou que ''não é responsável pelas análises de biópsias e histopatológicos, atendemos a solicitação do município''.

''Assim que tomamos ciência de vídeos e ligações de lideranças comunitárias, imediatamente enviamos uma equipe do hospital para recolher o feto para reduzir o constrangimento a familiares e ligamos para a secretaria de saúde para apoiar no caso. Acerca da entrega do feto em um frasco improvisado, é importante ressaltar que foi um fato isolado e que não é uma prática comum dentro de nosso hospital. Abrimos uma sindicância interna para apurar os fatos, para tratarmos da melhor maneira possível'', diz parte da nota do hospital.