Política

15/07/2020 08:46

Brasil completa dois meses sem titular no Ministério da Saúde

Para gestores públicos, a pasta está à deriva justamente quando deveria conduzir o enfrentamento à crise sanitária mais grave do século

15/07/2020 às 08:46 | Atualizado 15/07/2020 às 07:42 Dany Nascimento
O ministro da Saúde interino, general Eduardo Pazuello - Najara Araujo/Câmara dos Deput

Após quase dois meses após a saída do ex-ministro Nelson Teich, o Ministério da Saúde sob comando interino e gestão militar mudou protocolos e rotinas, além de enfrentar dificuldades para cumprir algumas promessas, como a distribuição de 46 milhões de testes.

De acordo com o G1, com a chegada dos militares à pasta, representados no posto máximo pelo ministro interino, Eduardo Pazuello, o ministério mergulhou em um clima interno de medo e desconfiança.

Para os funcionários, cientistas e gestores públicos, a pasta está à deriva justamente quando deveria conduzir o enfrentamento à crise sanitária mais grave do século.

O  interino viu a curva de casos e óbitos crescer vertiginosamente durante os 61 dias de sua gestão. No dia 14 de maio, o Brasil tinha uma média de 9.627 casos diários; ontem, eram 36.650. Em relação aos óbitos, a média passou de 686 mortes para 1.056 no mesmo período.