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21/07/2020 09:18

Nuvem de gafanhotos volta a se aproximar do Brasil e bombardeio de agrotóxico gera apreensão

A alta temperatura do último fim de semana na Região Sul do Brasil favoreceu o deslocamento dos insetos

21/07/2020 às 09:18 | Atualizado 21/07/2020 às 08:55 Dany Nascimento
Divulgação/Senasa Argentina

A nuvem de gafanhotos voltou a se aproximar do Brasil e do Uruguai nos últimos dias e tem causado preocupação. Autoridades brasileiras consideram que a principal forma de combater o problema é por meio do despejo de agrotóxico em direção aos insetos. Especialistas, porém, avaliam que o método é extremamente prejudicial.

O Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa, na sigla em espanhol), uma agência do governo argentino, disse que a nuvem de gafanhotos atualmente está na província de Entre Ríos, na Argentina, nas proximidades com o Rio Grande do Sul e o Uruguai.

Segundo o G1, a alta temperatura do último fim de semana na Região Sul do Brasil, segundo especialistas, favoreceu o deslocamento dos insetos. A estimativa é de que os gafanhotos, da espécie Schistocerca cancellata, estejam a cerca de 120 quilômetros do município gaúcho de Barra do Quaraí — uma das menores distâncias desde os primeiros alertas sobre o tema.

Os gafanhotos chegaram à Argentina a partir do Paraguai, em meados de maio. Hoje, há nuvens dos insetos nos dois países, atacando lavouras nas regiões. Uma nuvem de gafanhotos pode destruir plantações.

Eles se alimentam de qualquer material vegetal e podem comer o equivalente a algo entre 30% a 70% de seu peso, em algumas situações essa taxa pode subir para 100%.

No fim do mês passado, o Ministério da Agricultura declarou estado de emergência fitossanitária no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, Estados que podem ser atingidos pelos insetos. Essa medida, que tem duração de um ano, permite a contratação de pessoal por tempo determinado e autoriza a importação temporariamente de defensivos agrícolas para combater os gafanhotos.