Campo Grande

22/07/2020 07:00

Irmã de rapaz que desapareceu é diarista e batalha para melhorar a vida de menino especial

Ela afirma que tirou o irmão de uma favela para morar em uma casa no bairro Noroeste

22/07/2020 às 07:00 | Atualizado 22/07/2020 às 11:25 Dany Nascimento
Aquivo Pessoal

Agnaldo Ferreira Pinto, 36 anos, foi encontrado com a ajuda dos leitores do TopMídiaNews no bairro Celina Jalad, em Campo Grande. A irmã do rapaz, Marli Ferreira Lemos, 52 anos, conta que o dia a dia da família é difícil e que segurar Agnaldo em casa, é uma missão quase que impossível.

Ela trabalha como diarista e afirma que descobriu há pouco tempo que era irmã do rapaz e tiro ele, a uma tia idosa, de uma favela. “Eu fui atrás dele, vi que ele morava em uma favela com minha tia, que criou ele. Ele ficava pela rua e ela morando lá. Ele cresceu na rua, anda para todos os lados, todo mundo em Campo Grande conhece ele, principalmente quem passa muito pelos terminais de ônibus. A mãe dele foi embora e a última vez que eu vi ele, foi no enterro do meu pai, ela tinha 4 anos. Depois que descobri que ele era meu irmão, que já estava adulto”.

A diarista construiu duas peças na casa onde mora no bairro Noroeste, em Campo Grande e abrigou Agnaldo e a tia. “As pessoas falam que uso dinheiro dele, uso sim, para transportar ele para a escola, porque antes eu levava ele de ônibus, mas nos terminais ele corria para outros veículos, subia em um, descia pela porta de trás. Até o dia que cai levando ele e meus filhos falaram que o certo era pagar um veículo para levar ele e hoje eu pago transporte para levar e trazer ele. Ele tem televisão, DVD, tem uma piscina que recomendaram que eu comprasse inflável, mas ele sempre quer sair e não tenho como segurar ele, se a gente tenta segurar ele, ele fica agressivo”.

Marli destaca que as pessoas criticam ao ver Agnaldo na rua, mas não sabem como é o dia a dia da família. “Disseram que vão me denunciar, eu tirei ele da favela para tentar dar uma vida digna para ele e para minha tia, infelizmente não temos força para obrigar ele a ficar dentro de casa. Eu fico preocupada quando ele sai, mas se a gente tentar impedir, ele bate. Ele é um menino especial, não age de maldade. Ele está na escola, eu tento fazer o meu máximo por ele”.   Luzia, Vila nAsser, Caioaba, coloquei no face, tem escola especial que ele fica Ceadem, mas ele vai na escola, tr