Campo Grande

25/08/2020 09:30

Após derrota no STF, sindicato acredita que greve dos Correios deve ganhar força em MS

Não há agências fechadas no Estado, diz a entidade

25/08/2020 às 09:30 | Atualizado 25/08/2020 às 10:58 Thiago de Souza
Reprodução Facebook - Sintect-MS

Sindicato que representa trabalhadores dos Correios em Mato Grosso do Sul diz que a greve, de âmbito nacional, entrou no oitavo dia, nesta terça-feira (25). A entidade destaca que a mobilização deve ser reforçada, já que o Supremo Tribunal Federal deu decisão desfavorável aos trabalhadores. 

Conforme a presidente do Sintect-MS, Elaine Regina de Souza Oliveira, não há estimativa de quantos trabalhadores cruzaram os braços até agora. 

''Há setores que atingiram 80, 90% de paralisação, mas não temos números porque abrange todo o MS'', observou Oliveira. Ela destacou que, em Centros de Distribuição de Encomendas em Campo Grande, houve adesão de 50 a 80% dos trabalhadores parados. Porém, nenhuma agência está fechada.

Sindicato acredita que greve terá mais adesões em MS. (Foto: Reprodução Sintect-MS)

O motivo da greve é em razão de benefícios cortados pela estatal e que estariam previstos no Acordo Coletivo de Trabalho dos Correios com os funcionários. Ela explicou que, em 2019, os Correios se retiraram das negociações com os trabalhadores e pediu para que o Tribunal Superior do Trabalho julgasse as cláusulas do acordo. 

Ainda segundo Elaine, o TST decidiu a favor do Sindicato e manteve o acordo vigente até 31 de julho de 2021. 

''Só que os Correios acionaram o STF, que derrubou decisão do STF na questão da vigência do acordo coletivo'', lamentou a presidente.

Elaine diz que direitos estão sendo retirados. (Reprodução Facebook) 

STF

Segundo Elaine, a decisão da maioria dos ministros do STF foi ‘’vergonhosa’’ e ‘’em prol dos Correios’’. Ela disse que houve pedido aos Correios para manter os benefícios até dezembro deste ano, algo que não foi aceito pela estatal. 

''...nosso Acordo Coletivo de Trabalho foi conquistado ao longo de 30 anos. Várias cláusulas que garantem o vale alimentação, licença maternidade de 6 meses sem perca de direitos, cláusulas de cunho social de direito a investigação de comissão em caso de assédio, reembolso creche/babá...''’ detalhou Oliveira.

Ainda segundo o sindicato, são 79 cláusulas conquistadas e que conforme proposta dos correios,  ‘’só nove serão mantidas, sem direito algum’’.