A  médica veterinária Terezinha Cândido, 50 anos, é a segunda pré-candidata mulher na disputa pela Prefeitura de Campo Grande, ao lado de Cris Duarte, do PSOL. Do partido DC (Democracia Cristã), Terezinha diz que pretende trazer o olhar feminino para a política, que hoje está sem representantes.

A pré-candidata diz que o partido tem tradição em fomentar a participação de mulheres em disputas. Apesar disso, a sigla não possui chapa de vereadores e participa somente com chapa para o executivo. Ela explicou que o partido mais antigo do Brasil tem um novo projeto para a cidade.

“É um projeto novo aqui, do partido, para o nosso município. E colocar o meu nome tem uma expectativa muito grande em função da grande quantidade de votos femininos, porque hoje as mulheres já representam mais de 50% dos votos e temos poucas candidatas. Entendo que as mulheres estão mais do que preparadas para assumir esse desafio. Pela capacidade de gestão muito forte, além do olhar generoso e humano para as pessoas”, disse Terezinha, que é a favor de uma política feita para o desenvolvimento das pessoas e sociedade.

Metas

Terezinha cita que o setor da educação deve ser tratado com mais qualidade e investimento nas crianças. Entre os pilares do plano de governo do partido estão a educação e saúde. “A educação não está sendo tratada como deveria. Devemos investir nas crianças com educação integral e alimentação. Além da saúde”.

Ela acredita que, no período pós-pandemia, o gestor deverá pensar em geração de renda e comércio de Campo Grande. “Temos que fazer um trabalho efetivo para a fase posterior a doença”.

Terezinha disse que a gestão municipal deixou a desejar no enfrentamento à pandemia. “O olhar político na questão da pandemia prejudicou bastante. Acho que deveria ser trabalhado a saúde e a economia junto, porque a população sentiu muito”.

De direita e da família

Cândido é apoiadora do presidente Jair Bolsonaro e diz que é de direita. Ela é de princípios conservadores, assim como outros candidatos da cidade. “Eu acho que ele [Bolsonaro] é uma figura interessante, sou de direita, a favor de valores da família, mas acho que ele está fazendo a parte dele como presidente e a gente tem que fazer a nossa. Os municípios têm que se desenvolver e não precisar ‘pegar carona’ [no governo federal]. Temos que ter responsabilidade com nosso município. Acho que primeiro temos que pensar nas pessoas”.

A pré-candidata quer mulheres como protagonistas na política. “Mulher na política é igual a onça-pintada, todo mundo acha bonito, é politicamente correto, mas ninguém quer ter uma, principalmente na majoritária. As mulheres são tratadas como coadjuvantes, mas estão preparadas para serem protagonistas na política”.