Saúde

02/11/2020 07:00

Conheça um pouco mais sobre a anemia aplásica, doença que afeta filho de vereador

Ele precisa fazer transplante de medula óssea e achar alguém 100% compatível; doadores de qualquer tipo sanguíneo podem ir ao Hemocentro

02/11/2020 às 07:00 | Atualizado 01/11/2020 às 18:09 Rayani Santa Cruz
Reprodução Facebook/ Adeilson Araúdo

Após divulgado que Adeilson Freitas de Araújo, 34 anos, filho do vereador Ayrton Araújo, iniciou uma campanha de doação de medula óssea para fazer transplante devido à doença de anemia aplásica, leitores do TopMídiaNews ficaram curiosos sobre a enfermidade.

No caso, Adeilson está fazendo transfusão de sangue até encontrar alguém que seja 100% compatível. A doença atacou na forma mais severa da aplasia medular.  

Segundo o site Saúde Novartis, a  anemia aplásica é uma doença rara que afeta a formação e o desenvolvimento de células do nosso sangue. Ela faz com que o corpo não produza glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas suficientes, tudo ao mesmo tempo. 

Com o impedimento do organismo produzir novas células sanguíneas, o paciente sofre ainda mais. Conforme o site, 65% dos casos da anemia aplásica ocorrem espontaneamente, ou seja, quando não há causa possível de ser determinada.

O que causa?

As causas de anemia aplásica envolvem, por exemplo, anemias hereditárias, problemas com as enzimas responsáveis por manter as células capazes de se dividir e se multiplicar de maneira correta; doenças autoimunes; infecções bacterianas ou virais graves como na infecção generalizada (sepse) ou nas infecções virais (como citomegalovírus, Epstein-Barr, herpes humana ou varicela zoster), que também são causas conhecidas de anemia aplásica. A hepatite soronegativa (autoimune) é responsável por cerca de 5% a 10% de todos os casos.

Sintomas

Os sintomas são: cansaço e fadiga, palidez, falta de ar ao fazer qualquer esforço ou mesmo em repouso, palpitações, dor nas pernas e dificuldade ao caminhar.

Segundo estudos, a anemia aplásica costuma atingir até 6 casos a cada 1 milhão de pessoas. O médico mais indicado para fazer o diagnóstico, tratamento e acompanhamento das pessoas com anemia aplásica é o hematologista.

Como doar no Hemosul

Conforme o Hemosul, basta comparecer em qualquer uma das unidades do hemocentro, com um documento de identidade e manifestar a vontade de ser um doador. O técnico irá colher uma amostra, que posteriormente, será colocado em um banco de dados do Redome. Em caso de compatibilidade, a pessoa será acionada.

O transplante de medula óssea é a única esperança de cura para milhares de portadores de leucemia e algumas outras doenças do sangue. Por isso, seja solidário. Este ato pode salvar a vida de uma criança, jovem ou adulto.

Sobre o que é a medula óssea

A medula óssea é um tecido líquido que ocupa o interior dos ossos, conhecido por tutano. A medula produz os hemocomponentes do sangue: as hemácias (glóbulos vermelhos), os leucócitos (glóbulos brancos) e as plaquetas. Essas células são responsáveis por transportar o oxigênio no caso das hemácias, defender o organismo no caso dos leucócitos e as plaquetas compõem o sistema de coagulação do sangue. Tudo se origina na medula.

Medula óssea e medula espinhal não são a mesma coisa. A medula espinhal é formada de tecido nervoso que ocupa o espaço dentro da coluna vertebral e tem como função transmitir os impulsos nervosos, a partir do cérebro, para todo o corpo.

Como é o transplante?

Se for compatível, o doador é avisado e então passa por exames para constatar que está em boas condições de saúde. O procedimento dura aproximadamente 90 minutos e é aplicada uma anestesia para que o processo seja sem dor.

As células de medula são tiradas do osso da bacia e não da espinha, portanto, não tem risco para a coluna. Do outro lado o paciente tem a sua medula doente destruída e recebe as células de medula saudável do doador.  A parte da medula retirada do doador se recupera sozinha em no máximo quinze dias.