Campo Grande

02/03/2021 15:07

Vídeo: contra aumento da gasolina, motoristas de app abastecem R$ 0,50 em posto na Tamandaré

Posto na avenida Mato Grosso também foi alvo dos condutores

02/03/2021 às 15:07 | Atualizado 02/03/2021 às 15:17 Thiago de Souza
Motoristas lotam postos para criticar amento da gasolina - Reprodução Youtube

Motoristas de aplicativo de Campo Grande lotaram dois postos de gasolina nesta terça-feira (2), em protesto contra o aumento do preço da gasolina. A reivindicação se dá ao abastecer apenas R$ 0,50. 

Conforme Alfredo Orlando Machado Palhano, 35 anos, os dois protestos reuniram cerca de 200 veículos. Ao abastecer com um valor irrisório, uma fila se forma e causa transtorno ao posto de combustível. 

Um dos postos alvos do protesto fica no cruzamento da avenida Tamandaré com a Júlio de Castilho, onde 110 veículos formaram fila para abastecer. No da Mato Grosso esquina com a rua Ceará, 90 motoristas participaram, diz o organizador. 

Palhano explica que o valor de cinquenta centavos é uma média do que o condutor gasta com gasolina por quilômetro rodado. O valor é obtido do consumo médio do carro por Km (geralmente 10 km por litro) dividido por 10 quilômetros. 

‘’O motorista recebe R$ 1,15 por Km rodado e gasta 50 centavos de combustível... se contar com seguro e manutenção, sobra apenas dez centavos por quilômetro...’’, lamentou Alfredo. 

‘’Fazendo uma comparação simples, um pedinte de rua que recebe um real ou cinquenta centavos, às vezes, ganha mais que um motorista de app que anda cinco ou dez quilômetros que faz uma corrida e ganha um real’’, acrescentou Alfredo. 

O motorista diz que o protesto é organizado apenas por motoristas e não tem nenhum vínculo com sindicato, associação ou partido político. 

As ações desta terça-feira e dos dias anteriores fazem parte, diz o organizador, de uma jornada de protestos por melhores condições de trabalho para os motoristas. No dia 17 de março, os trabalhadores prometem desligar os dois maiores aplicativos que atuam na cidade. 

Ainda segundo Alfredo, houve crescimento na adesão dos condutores aos protestos, segundo ele, de 30% a 40% entre a segunda e terça-feira.