Campo Grande

17/03/2021 07:00

Em 7 dias, Rosângela perdeu pai e marido para doenças: 'força vem da família e de Deus'

O esposo, Valdenir Rezende, faleceu por conta da covid-19; pai de doença cardíaca

17/03/2021 às 07:00 | Atualizado 17/03/2021 às 11:11 Thiago de Souza
Rosângela, Valdenir e o pai - Arquivo Pessoal

Os últimos 17 dias foram difíceis para a fisioterapeuta, Rosângela Gaúna de Oliveira Resende, 55 anos, em Campo Grande. No período, ela enterrou o marido, Valdenir Rezende, vítima de covid, e o pai, Rui de Oliveira Luiz, por doença cardíaca. Em meio à descrença de muitos em relação à covid, ela pede mais empatia e cuidados uns com os outros. 

Primeiro, Rosângela perdeu o marido, em 28 de fevereiro, um dos mais renomados repórteres fotográficos do Estado. Ele contraiu o novo coronavírus e chegou a ficar mais de um mês internado. 

‘’É o apoio da família e a fé em Deus’’, diz a viúva ao ser questionada onde encontra forças para superar as dores das perdas.

Já o pai, Rui de Oliveira Luiz, faleceu no dia 10 de março. Assim como Valdenir, ele ficou no Hospital da Unimed, em Campo Grande, mas morreu vítima de complicações cardíacas. 

Rui foi faxineiro antes de ser delegado. (Foto: reprodução Adepol)

Rui, diz a filha, foi o primeiro delegado de polícia a entrar na política, sendo secretário de Segurança Pública nas administrações Ramez Tebet e Marcelo Miranda. Também foi vereador por Campo Grande. 

‘’Perdi duas pessoas importantes da minha vida’’, lamentou a fisioterapeuta. De Valdenir, Rosângela diz que vão ficar as lembranças do companheirismo, da cumplicidade entre os dois e do pai exemplar que ele foi. 

Sobre o pai, ficará a lição do bom caráter, da integridade e do fato dele ter conquistado altos postos, mesmo partindo de uma origem humilde. 

Empatia

Diante das perdas, Rosângela diz que seu grande desejo é que as pessoas se protejam da doença e tenham empatia. Ela se refere ao uso de máscara e outras medidas que podem preservar vidas. 

‘’Enquanto as pessoas não se conscientizaram, vamos continuar vivendo esse caos. Nós, enquanto seres humanos, o que nós estamos fazendo para nos proteger? Estamos cuidando uns dos outros ou estamos saindo à toa para pegar a doença?’’, refletiu a profissional.