Polícia

há 3 anos

Monique diz que Jairinho é psicopata e que já apanhou várias vezes

Ela afirma que Henry falava que Jairinho era um homem mau

03/05/2021 às 10:06 | Atualizado 03/05/2021 às 10:57 Dany Nascimento
Dr. Jairinho e Monique Medeiros, em fotos feitas no ingresso do casal no sistema penitenciário - Divulgação/PC

A professora Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, afirma agora que o namorado, o vereador carioca Dr. Jairinho (sem partido), “é um homem ruim, doente e psicopata”.

Ela destaca que Henry dizia que Jairinho era um homem mau. 

"Meu filho dizia que ele era um homem mau. E eu não acreditei."

Em uma carta escrita da cadeia para parentes,  Monique conta o teria acontecido nos dias que se seguiram à morte de Henry e acusa o seu primeiro advogado de ter montado uma farsa.

De acordo com o G1, Agora a mãe mudou a versão e diz que namorava um homem psicopata. 

O que diz a mãe de Henry agora:

Que o primeiro advogado só aceitaria o caso se eles se unissem e combinassem uma versão inventada;

Que ele teria cobrado R$ 2 milhões pela defesa do casal;

Que ela não fazia ideia que estava levando o filho morto para o hospital;

Que ela tinha passos controlados e era sempre monitorada por orientações do advogado;

E relata vários episódios em que foi agredida por Jairinho.

'Relacionamento doentio'

Na carta aos pais e ao irmão, Monique diz que "acreditava cegamente no Jairinho".

"Depois que comecei a transcrever para o papel tudo o que ele fez comigo, em tão pouco tempo, que pude perceber o quanto fui usada, o quanto fui violentada, o quanto me humilhei e me rebaixei para fazer dar certo sobre um relacionamento de um psicopata", narrou.

Segundo Monique, Jairinho “é um homem ruim, doente e psicopata”. “É triste, mas é verdade. Ele nos convence do contrário”, emendou.

"Hoje, sozinha, tendo vocês e ouvindo mais os detalhes de Deus em minha vida, vejo o quanto tinha um relacionamento doentio. Não sei se um algum dia vou conseguir superar tudo isso."

Na carta, Monique pede ajuda ao pai. “Confie em mim! Eu poupava vocês do que eu vivia, porque eu também não enxergava”, escreveu.

“Eu estou sendo apedrejada na cadeia! Todos os dias elas gritam dizendo que vou morrer e que irão me matar, pois acreditam que eu deixava o Jairinho bater no Henry”, diz outro trecho.
‘Viciado em sexo’
Em outra parte das mensagens, Monique detalha a vida íntima com Jairinho, também pontuada por violência. “Ele era viciado em sexo”, afirma.

“Jairinho me disse até que, antes de me conhecer, ele não beijava de língua nem fazia sexo oral. Nem gostava muito de transar, que achava que era assexuado, só tinha prazer em trabalhar e ganhar dinheiro”, lembrou.

“Depois que começou a namorar comigo, começou a gostar muito e queria transar ilimitadamente”, escreveu.
Monique diz que as relações sexuais pareciam “um ritual”: “Ele sempre por cima e, na maioria das vezes, me enforcando — mas sem me machucar, era só fetiche da cabeça dele!”

“Ele me obrigava a dizer que ele tinha sido meu primeiro homem, minha primeira transa, o único homem que já amei, que eu nunca tinha ‘gozado’ antes. Todas as vezes que namorávamos, eu tinha que dizer as mesmas coisas, isso dava prazer a ele”, detalhou.

“Mesmo eu tendo filho, eu tinha que dizer que ele tinha sido meu único homem”, destacou.