09/05/2021 10:48
Trisal entra na justiça para conseguir registrar filhos; cartório não aceitou sobrenome de duas mães
Eles lutam para registrar duas crianças
Conforme a lei que o registro socioafetivo e multiparental é um direito de todos, não devendo haver discriminação por cor, raça, gênero, sexo, orientação sexual ou tipo de entidade familiar. Com base nisto, um trisal de Sorocaba (SP) decidiu entrar na Justiça para conseguir registrar os filhos com os nomes do pai e das duas mães.
Segundo o G1, o analista de sistemas Jonathan Dias Rezende (o Joe), a pedagoga e estudante de psicanálise Marilia Gabriela Camargo Rezende (a Gabi) e a técnica em enfermagem Natali Júlia Fortes Cardoso Silva (a Ju) são os pais de Raoni, de cinco anos, e de Aurora, que nasceu em novembro do ano passado.
O desejo de ir atrás dos direitos das crianças surgiu na hora de registrar a recém-nascida, momento em que os pais tiveram uma surpresa negativa. "O cartório não aceitou os sobrenomes das duas mães. Ficou só com dois: Aurora Fortes Rezende", conta Marilia Gabriela.
Revoltado com a situação, o trisal deu início a uma luta judicial para conseguir os registros, tanto de Aurora quanto de Raoni, com os sobrenomes dos três pais.
"O pessoal ainda tem muito preconceito e fala que irá dar trabalho, mas queremos ter os nossos direitos, principalmente as crianças. Se alguém precisar fazer matrícula na escola, por exemplo, fazer convênio para todos e etc", conta.