Interior

12/06/2021 18:10

Vacinação de candidato paraguaio em Porto Murtinho 'dá pano pra manga'

Populares cobraram mais vacinas para trabalhadores da cidade brasileira; prefeitura esclareceu situação

12/06/2021 às 18:10 | Atualizado 13/06/2021 às 09:31 Thiago de Souza
Domingo é paraguaio e vacinou no Brasil - Reprodução Facebook

A imagem de Domingo Duarte, que é candidato a prefeito da cidade de Carmelo Peralta, no Paraguai, sendo vacinado contra a covid-19, em Porto Murtinho, rendeu todo tipo de comentário na cidade brasileira. Ao TopMídiaNews, a prefeitura esclareceu o caso. 

Nas redes sociais, internautas criticaram o fato de um cidadão do país vizinho ser imunizado, enquanto brasileiros de Murtinho ainda esperavam na fila. 

‘’Se a vacina está fácil assim, vamos vacinar os caixas dos supermercados, padarias, farmácias, motoboys... afinal, são tão brasileiros quanto esse cidadão que é candidato em outro país’’, desabafou um internauta, via Facebook. 

Com as informações circulando no WhatsApp, um murtinhense, que mora em Campo Grande, refletiu que a vacinação pode estar dentro da lei, mas destacou que, caso seja irregular, é uma situação revoltante, já que ‘’fica faltando vacina em Murtinho’’. 

Saúde

A coordenadora de Imunização de Porto Murtinho, Gisele Ibanhes, 38 anos, esclareceu o caso. A servidora destacou que muitos moradores da região de fronteira têm o chamado ‘’documento de permanência’’, que lhes garante os mesmos direitos que um cidadão brasileiro. 

‘’Eles vão à Polícia Federal e tiram esse documento, que lhes garantem a emissão de um CPF, o que é necessário para tirar o cartão do SUS...’’, declarou Ibanhes. 

Gisele confirmou que a notícia da vacinação do político paraguaio gerou repercussão na cidade, que é pequena. 

A profissional destacou que a vacinação ocorreu dentro da lei. 

‘’Além do documento de permanência, ele tem casa aqui em Murtinho, tem dois filhos brasileiros...’’, acrescentou Ibanhes. 

Porto Murtinho

Segundo Gisele Ibanhes, a cidade sofreu com alta no número de infectados, internados e mortes. Por isso, a cidade adotou toque de recolher que começa às 13h e vai até às 5h do dia seguinte.