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30/06/2021 09:30

Mandetta nomeou servidor acusado de cobrar propina de vacina no Ministério

Ele foi exonerado nesta terça-feira, após reportagem da Folha de São Paulo

30/06/2021 às 09:30 | Atualizado 30/06/2021 às 08:09 Thiago de Souza
Mandetta ao lado do servidor que nomeou - Roberto Casal Jr. - arquivo

Roberto Ferreira Dias, que era diretor de Logística do Ministério da Saúde, foi exonerado nesta terça-feira (29). Ele, que é acusado de cobrar propina na compra de vacinas, foi nomeado pelo então ministro Luiz Henrique Mandetta. 

A nomeação dele ocorreu em janeiro de 2019, logo no iníicio do governo Bolsonaro. À época, quem comandava a pasta era o sul-mato-grossense Mandetta. 

Bolsonaro tentou indicar Dias para a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), em 2020, mas desistiu após denúncias contra o servidor. Mesmo assim, ele continuou no Ministério da Saúde.

SUSPEITAS

Dias, quando ainda era diretor de Logística do Ministério, teria feito a oferta de propina em um restaurante de Brasília, em 25 de fevereiro. 

A oferta criminosa de Dias foi feita para Luiz Paulo Dominguetti Pereira, representante da Davati Medical Supply, empresa que queria intermediar a compra de 400 milhões de doses da Oxford Astrazeneca. 

Ainda segundo Dominguetti, Roberto o pressionou para que o preço da dose da vacina, que era de 3,5 dólares, fosse aumentado em um dólar a dose. Porém, o negócio não foi fechado. 

Luiz Paulo revelou a cobrança de propina ao jornal Folha de São Paulo. Ele destacou que Roberto citava um grupo dentro do ministério que só fecharia contratos na base da propina. 

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