Política

03/07/2021 11:03

Protesto reforça impeachment de Bolsonaro após propina por vacina

Diferente das outras manifestações, equipes do Primeiro Batalhão da Polícia Militar acompanharam o protesto

03/07/2021 às 11:03 | Atualizado 03/07/2021 às 12:36 Nathalia Pelzl e Willian Leite
Diferente das outras manifestações, equipes do Primeiro Batalhão da Polícia Militar acompanharam o protesto - Silas Lima

Movimentos nacionais organizaram, neste sábado (3), novas manifestações contra o presidente da República, Jair Bolsonaro. Em Campo Grande, as manifestações aconteceram no período da manhã. 

Os manifestantes pedem pelo impeachment de Bolsonaro, principalmente, após propina por vacina Covaxin.

O protesto é uma reedição dos atos ocorridos em 29 de maio e 19 de junho. Eles pedem também vacina para todos, auxílio emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia e são contra o projeto de lei da reforma administrativa. 

A estudante Tainá Regina Modesto Caetano, 18 anos, citou o governo como ‘genocida’ e que não representa o público LGBTQIA+. Ela estava com bandeiras da classe para demonstrar sua revolta com o atual governo. 

“É um presidente genocida, que não nos representa quanto LGBT, quanto sem-terra, quanto classe trabalhadora. As pessoas, principalmente, a juventude tem que se indignar com essa situação, porque somos nós, nós somos os mais prejudicados, né? E principalmente na questão da educação também, nossas escolas, os nossos direitos, a educação de qualidade, tão sendo retiradas”, destacou. 

Segundo ela, a sociedade não pode fechar os olhos diante do que vem acontecendo. 

Assim como Tainá, a estuante Daniele Fernanda Nogueira, 19 anos, também foi ao manifesto. 

Ela citou que todo mundo sempre viu os defeitos de Bolsonaro, no entanto, agora se trata de uma questão de caráter, pois muitas pessoas estão morrendo por negligência da atual gestão. 

“É um desrespeito enorme com as pessoas que perderam seus entes queridos e eu acho que já chega, a gente precisa realmente se organizar pra, pelo menos, não eleger eles de novo, no mínimo. Vale a pena vim em um sábado de manhã lutar por uma causa que muita gente está sofrendo, todo mundo que puder vir, venha, temos que mostrar que a gente tem força”, reforça. 

Diferente das outras manifestações, equipes do Primeiro Batalhão da Polícia Militar acompanharam o protesto. 

Inclusive, no cruzamento da Avenida Afonso Pena com a Rui Barbosa, uma ambulância que transportava pacientes e estava em código três, teve apoio dos militares e dos manifestantes para seguir o caminho.