Política

09/07/2021 17:00

'Caguei': parlamentares de MS querem mais investigações na CPI após fala de Bolsonaro

Presidente Jair Bolsonaro declarou que não vai responder questionamento feito pela CPI da Pandemia

09/07/2021 às 17:00 | Atualizado 09/07/2021 às 12:28 Rayani Santa Cruz
Bolsonaro disse que está 'cagando para a CPI' - Reprodução live Facebook/ Bolsonaro

Parlamentares de Mato Grosso do Sul pedem investigações mais ferrenhas da CPI da Pandemia, e um deles intitula o último comportamento do presidente Jair Bolsonaro como 'chulo'. O presidente disse literalmente que está ‘cagando para a CPI da Pandemia’, durante live ao vivo ontem (8).

Para o deputado Fábio Trad (PSD), quando a CPI descobre indícios de corrupção na aquisição de vacinas, Bolsonaro “lança mão da tática diversionista de ameaçar a democracia com declarações hidrofóbicas”. Para o parlamentar é fundamental a continuidade dos trabalhos de investigação.

Ontem,  presidente comentou sobre denúncia envolvendo o líder do Governo na Câmara, Ricardo Barros. ‘’Não vou responder. Caguei para essa CPI. Caguei’’, disse Bolsonaro. 

Depois da declaração políticos de todo o país comentaram sobre a frase. Para Trad, o palavreado chulo não está a altura do cargo. 

“Em menos de 24 horas, Bolsonaro agride com palavreado chulo o TSE e o Senado. Ultrapassou todos os limites. Lamento profundamente que colegas parlamentares - que se dizem de centro - se omitam, acovardando-se, diante do comportamento abjeto deste inimigo declarado da democracia”, disse Fábio Trad. 

A senadora Simone Tebet (MDB) não falou abertamente sobre a declaração do presidente, mas na rede social afirma que todos devem ser tratados em igualdade na CPI. Ainda ontem, as Forças Armadas emitiram nota de repúdio ao presidente do Senado tom visto até como ameaçador por parte da classe política. 

“A CPI não escolhe no rol dos investigados cores políticas, partidárias ou ideológicas. Numa República somos todos iguais. Quando um militar da ativa vai para a política, ele se submete às regras da atividade política”, disse Simone Tebet.