Economia

há 2 anos

Vai pagar como: mudança tarifária impacta até 6,25% nas contas de luz em MS

Cálculo mostra que mudança de bandeira influencie R$ 0,06 centavos a cada 100 khw, encarecendo ainda mais a conta

01/09/2021 às 14:07 | Atualizado 01/09/2021 às 14:12 Vinicius Costa
André de Abreu

A mudança na bandeira tarifária provocada pela crise hídrica no país deve impactar diretamente em 6,25% nas contas de luz dos consumidores sul-mato-grossense, em medida que passa a vigorar já a partir desta quarta-feira (1°).

O cálculo que mostra o encarecimento na energia foi feito pelo Concen-MS (Conselho de Consumidores da Área de Concessão da Energisa). Na base feita com a nova bandeira, os consumidores pagarão até R$ 1,02 a cada 100 kWh mensal.

Esse valor era cobrado a R$ 0,96 antes mudança e nesse novo valor, já está sendo considerado o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) reduzido, base Cosip de Campo Grande, PIS e Confins de agosto.

Para efeito de comparação, casas que consome 200 kWh, média do estado sul-mato-grossense, a bandeira causa mudança de R$ 0,05 a cada kWh consumido, fazendo com que o valor suba para R$ 1,14.

“Apelamos para que a população use a energia elétrica da forma mais racional possível. Sabemos que este é um grande esforço porque a energia elétrica está presente em tudo na rotina das famílias, mas é o único meio de evitar um grande impacto no orçamento. Da mesma forma alertamos os consumidores comerciais, rurais e os industriais que não estão no mercado livre”, diz a presidente do Concen, Rosimeire Costa.

Energia mais cara

A Agência Nacional de Energia Elétrica, a ANEEL, anunciou, nesta terça-feira (31), que o Brasil terá nova bandeira tarifária. É a Bandeira Tarifária Escassez Hídrica, que vai acrescentar R$ 14,20 a cada 100 kWh. 

A nova tarifa-extra é bem mais cara que a Bandeira Vermelha, que está em vigor atualmente e começa a valer a partir desta quarta-feira (1º).

Segundo a Agência, o motivo de mais uma alta nas contas de luz é a piora da crise hídrica. A medida adicional é para evitar que não falte energia nos meses de outubro e novembro, que podem ser os meses mais críticos do ano. 

A estimativa da ANEEL é que as contas de luz subam em média 6,78% dos consumidores atendidos pelas distribuidoras. Aqueles consumidores que são cadastrados na tarifa social não entram na bandeira da escassez.