Os caminhoneiros autônomos de Mato Grosso do Sul não concordam com quaisquer tipo de paralisação por conta da alta do diesel anunciada ontem (28). A informação é do presidente do Sindicam-MS (Sindicato dos Caminhoneiros de MS), Osny Carlos Bellinati. 

“Não tem nada sendo organizado sobre isso. A gente não pode pensar em parar. As dificuldades são para todos, desde a dona Maria que não tem nada para comer até os que trabalham para o governo. Está difícil para todos os brasileiros.”

Apesar da fala, ele não garante que todos os caminhoneiros pensem da mesma forma e até cogita, que uma paralisação possa ocorrer. “Pode ser que acontece, mas eu sou totalmente contra parar.”

Após a Petrobras anunciar que vai aumentar o preço do diesel revendido às distribuidoras, a hipótese de paralisação dos caminhoneiros começou a circular nas redes sociais. O valor médio de venda do combustível passará de R$ 2,81 para R$ 3,06 por litro, um reajuste médio de R$ 0,25. O novo preço, que representa acréscimo de 8,89%, entrou em vigor nesta quarta-feira (29).

Osny, que trabalha há 30 anos na área, acredita que o preço do combustível será repassado automaticamente no frete. “O repasse acontece automaticamente quando ocorre o problema nas bombas. Cada empresa já regula o preço dos fretes. E, outra coisa, hoje poucos caminhoneiros dependem de empresa. Muitos já negociam de cara e não tem atravessador. Antigamente tinha muito esses agentes de carga que passavam o frete para o caminhoneiro a preço baixo.”

O presidente do sindicato orienta aos caminhoneiros de Mato Grosso do Sul para que não pensem em paralisação neste momento. 

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