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há 10 anos

"Reviver memória de entes queridos é um ato de fé", diz Padre Tenório

Memória

02/11/2013 às 08:30 | Atualizado Ana Rita Chagas e Willian Leite
Foto: Geovanni Gomes

A data que revive a memória dos que já se foram é lembrada  com muito carinho pelos religiosos da Capital. Neste dia  de Finados, o vai e vem de pessoas nos cemitérios confirmam o respeito e a devoção instituída pela igreja católica. De acordo com o Padre Marcelo Tenório, da paróquia São Sebastião, o dia dois de novembro é um dia de  penitência e resguardo. " É um momento em que os mortos são lembrados por meio de orações, principalmente para as almas que estão no purgatório. Esse momento é um ato de fé", explica.

O religioso ressalta  que a crença na comunhão dos santos  é primordial para que a data não passe despercebida. Segundo Tenório, tal fato deve ser entendido como um ritual sagrado. " No acender da vela a alma que está perdida encontra o caminho da luz", acrescenta o religioso.

O aposentado Nelson Bordim Taveira  entende bem as palavras  do páraco. Há 36 anos ele zela dos túmulos  que jazem os pais dele. "Todo ano é assim! Minha irmã e eu cuidamos da capela do papai e da mamãe e gostamos de vir assistir a missa, nos preocupamos em cuidar da memória da nossa família", emociona-se.

Fiéis de todo o país visitam os cemitérios tradicionalmente todos os anos nesta data (2 de novembro). Para o  Padre Marcelo a fé que move multidões para homenagear seus mortos perdura de geração em geração. " O espírito das pessoas que morreram precisam descansar por isso nós católicos valorizamos esse momento espiritual  com muitas orações para que as almas possam  subir ao céu", afirmou.