Campo Grande

14/12/2021 17:00

Jovem reclama que cadela adotada no CCZ de Campo Grande estava doente

Em menos de uma semana, animal ficou com saúde debilitada e, mesmo após internação, não resistiu

14/12/2021 às 17:00 | Atualizado 14/12/2021 às 18:29 Vinicius Costa
Cachorrinha teria vindo com doença do CCZ - Reprodução/Facebook

Uma jovem desabafou nas redes sociais sobre as condições dos filhotes disponíveis para adoção no Centro de Controle e Zoonose de Campo Grande. No texto, ela revela que uma cachorrinha, a Pink, veio com a doença da parvovirose e não resistiu dias após ser adotada.

A publicação também viralizou em um grupo no Facebook em que a mulher decidiu contar a situação que passou com sua mãe.

O drama começou no dia 27 de novembro, quando a mãe da jovem decidiu adotar uma cachorrinha na própria sede do CCZ. Até então, o animal aparentava estar saudável e a família fez todos os procedimentos e a levou para uma clínica veterinária para tomar vermífugo.

Como indicado pelos veterinários, o animal receberia a vacina depois da atuação do medicamento. No entanto, três dias depois, a cachorrinha começou a passar mal, tendo vômitos, diarreia e sem apetite.

"Minha mãe novamente a levou no veterinário e ela foi medicada, teve que ser internada com o diagnóstico de parvovirose", disse a jovem nas redes sociais. "Já veio com a doença do CCZ, a cachorrinha, mesmo internada e sendo medicada, não resistiu e morreu", acrescentou.

Segundo ela, uma colega de trabalho passou pela mesma situação, mas desta vez em uma feira de adoção realizada pela prefeitura de Campo Grande, onde o animal adotado também estava com a doença e morreu.

A jovem disse que Pink foi muito amada e que a família fez o possível e impossível para ela ficar bem. "Infelizmente, a falta de cuidado do CCZ fez com que ela ficasse doente e não resistiu".

Em nota, a prefeitura destacou que os animais que o CCZ recebe, em sua maioria, foram abandonados. Por isso, há um controle rígido no que diz respeito a exames clínicos básicos, vermifugação e aplicação de parasiticida para eliminar pulgas e carrapatos.

Porém, como a parvovirose não está inserida na categoria de doenças zoonoses, a realização de testes não acontece no órgão.

"A realização de testes para gastroenterites e/ou encefalites (cinomose e parvovirose) não está dentro das prerrogativas do órgão, pois estas doenças não são consideradas zoonoses, ou seja, não são transmitidas para o ser humano. Desta forma, não é possível ofertar este tipo de serviço, pelo fato do mesmo não estar previsto no que é estabelecido pelo Sistema Único de Saúde", explicou.

Com a prerrogativa, as pessoas que estão adotando animais são informadas e orientadas a procurar um veterinário para realização de exames complementares e acompanhamento de rotina.

"Tão logo os médicos veterinários do CCZ detectam filhotes doentes nas ninhadas, estes são retirados da adoção e tratados, desta forma, nenhum animal nesta condição é posto para adoção. Os adotantes também são informados sobre a possibilidade de retornar com o animal ao CCZ caso apresente alguma alteração, porém cabe reiterar que, por serem animais de rua, não há qualquer histórico vacinal ou atestado sanitário precedente".

O que é parvovirose?

A parvovirose é uma doença causada pelo parvovírus canino, contagiosa e bastante grave, podendo acometer tanto cães filhotes e adultos. O vírus afeta as células intestinais do animal, causando inflamação no local.

A contaminação pelo vírus acontece em contato direto com secreções de um pet infectado, como fezes e vômitos, que podem acabar contaminando o piso e objetos como pote de comida e a cama do pet.

O vírus, por exemplo, pode permanecer por meses e até anos no ambiente contaminado.