Campo Grande

há 2 anos

Presa por maus-tratos aos animais ia para casa a cada 15 dias, em Campo Grande

Acusada afirmou que ganhou um casal de gatos durante a pandemia e que estes procriaram muito rápido

28/04/2022 às 09:16 | Atualizado 28/04/2022 às 09:52 Antonio Bispo
Local estava infestado de sujeira - Reprodução/Repórter Top

Mulher de 38 anos presa, nesta quarta-feira (27), no bairro Planalto, em Campo Grande, acusada de maus-tratos aos animais, afirmou que ia para casa a cada 15 dias para deixar alimentos aos animais e que não vivia mais na residência.

De acordo com a ocorrência, uma veterinária do Centro de Controle de Zoonoses recebeu uma denúncia e foi até a residência para constatar a situação.

Ao encontrar os animais presos no imóvel, acionou agentes da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista - Decat, que foram até a casa para averiguar a denúncia.

O imóvel é do tipo Kitnet e estava trancado. A dona das residências afirmou que alugava o local para a acusada há cerca de dois anos, mas que há algum tempo ela frequentava a casa duas vezes por mês, a cada 15 dias.

Ao acionarem um chaveiro para abrir a porta, os policiais encontraram 19 gatos sem acesso à luz do sol, extremamente magros, agitados e convivendo sob forte odor do acúmulo de fezes e urinas no local.

Além disso, havia uma geladeira que estava aberta, com restos de alimentos apodrecidos infestados com larvas. Os policiais localizaram a acusada, que estava trabalhando como diarista em uma residência e efetuaram a prisão em flagrante.

Na delegacia, ela afirmou que ganhou um casal de gatos durante a pandemia, mas que eles se reproduziram rapidamente. Quando questionada, pensava que tinha apenas 16 gatos, mas acreditava que o número pudesse ser maior por conta da reprodução.

Ela afirmou, ainda, que quando visitava o imóvel a cada 15 dias, deixava ração suficiente para todos em um pote que duraria todo o tempo que estaria fora.

Alegou, também, que sabia do incômodo dos vizinhos quanto à situação, mas que não poderia fazer nada, pois não conseguia ajuda de órgãos públicos ou entidades privadas para resolver o problema.

A acusada passará por audiência de custódia nesta quinta-feira (28).