Campo Grande

07/08/2022 09:30

Moradora 'vive inferno' com cães abandonados e lamenta 'pergunta sem noção' no CCZ

Sesau nega descaso e explica o porquê dos questionamentos da atendente

07/08/2022 às 09:30 | Atualizado 05/08/2022 às 09:20 Thiago de Souza
Moradora denuncia descaso do CCZ - Wesley Ortiz - arquivo

Moradora vive sofrimento intenso com cães abandonados, na rua onde mora, em Campo Grande. Ela buscou solução no Centro de Controle de Zoonozes, mas não teve pedido atendido e garante que ouviu uma ''pergunta sem noção''. 

Conforme o relato, os cães passam o dia todo na rua, avançam e latem para motociclistas e ciclistas. 

''Um deles quase me derrubou devido a ser grande e ter pulado na bike'', lamentou a denunciante. Ela acrescenta que os cães largados atacaram um menor, que tinha coleira e dono.  

''Quando o dono abriu o portão, eles rasgaram a cara do coitadinho. Se não fosse meu marido ligar a mangueira para espantar, teriam matado o cachorrinho'', lamenta novamente. 

CCZ 

A contribuinte decidiu ligar o CCZ da Capital e o primeiro problema foi a demora. 

''Ligava dia e noite e sempre ocupado ou a ligação caía direto'', detalhou. 

Quando conseguiu atendimento, a mulher relatou o problema com os cães à funcionária, mas ouviu que não teria a situação resolvida.   

''A 'benção' da atendente me disse que eu tinha que ter o endereço de quem abandonou. Se não tivesse, eles não vinham recolher e nem aceitavam a denúncia. Como eu vou saber quem abandonou?'', questionou a denunciante. 

Por fim, a moradora entende que sofreu descaso do órgão público. 

Resposta 

A Secretaria Municipal de Saúde, respondeu que a orientação é para que a moradora indique o local exato ou até mesmo contenha o animal. Isso porque o cão solto na rua pode ir para qualquer lugar e dificultar a localização pela equipe do CCZ. 

''O questionamento sobre o endereço do tutor tem por objetivo facilitar o trabalho do órgão, que deverá proceder com autuação do mesmo em razão da transgressão do código sanitário e da lei de posse responsável. No entanto, não trata-se de uma condicionante para que a demanda seja atendida. Isso faz parte do protocolo'', diz a nota da secretaria.