Campo Grande

30/03/2023 16:30

Com bronquiolite respiratória, recém-nascida encara desafio por vaga na Santa Casa (vídeo)

Quadro de saúde da bebê é considerado grave e família está desesperada por ajuda

30/03/2023 às 16:30 | Atualizado 31/03/2023 às 10:26 Vinicius Costa
Maria Júlia está internada na UPA Leblon - Repórter Top

Com pouco mais de um mês e meio de vida, a recém-nascida Maria Júlia Freitas de Sena encara o dois desafios: de superar seu quadro de saúde considerado grave por ter sido acometida por uma bronquiolite respiratória e lutar por uma vaga na Santa Casa de Campo Grande.

Atualmente, a bebê está internada na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Leblon há pelo menos quatro dias e não há perspectiva de mudança, nem de resposta por parte da unidade de saúde em relação à transferência para o hospital.

Enquanto isso, Henrique da Silva Freitas, de 30 anos, pai da menina, tenta de todas as formas reverter o quadro. Bastante preocupado com a saúde da recém-nascida, ele relatou para o TopMídiaNews que Maria Júlia nasceu com um problema na sua respiração e escutava um chiado no peito.

Quando decidiu percorrer o trecho em busca de exames, ele não conseguiu e sempre recebia a resposta de que não havia vaga. A situação passou a piorar quando a recém-nascida teve um quadro de febre e seu nariz começou a escorrer e tudo isso em torno de 20 a 25 dias.

Ao ser internada na UPA Leblon, a família recebeu o diagnóstico indicando que ela tinha bronquiolite respiratória e agora, existe a luta contra o tempo para que seja feita essa transferência. "O problema dela é muito grave", suplica Henrique.

O pai ainda tentou por meio da assistência social, mas também não conseguiu e recebeu a resposta de que a profissional está de férias e somente no período noturno seria possível contato com a outra profissional.

A reportagem entrou em contato com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) para verificar a possibilidade de transferência da Maria Júlia, mas a secretaria afirmou que a paciente está em processo de regulação e, momentaneamente, não há previsão de transferência.

"Ela está sendo constantemente monitorada, medicada e sendo reavaliada a cada troca de período, apresentando quadro estável", disse em resposta.

A saúde municipal ainda ressalta que nas últimas semanas houve um aumento de mais de 30% nos casos de doenças respiratórias, sobretudo em crianças, que apresentam quadro mais graves necessitando de internação.

"Em razão disto, todos os hospitais estão com os leitos pediátricos sobrecarregados", acrescentou. 

*Matéria alterada em 31 de março às 10h29 para acréscimo de informações