Campo Grande

04/04/2024 08:21

Mulher é ameaçada de morte pelo ex-companheiro que tenta cometer crime na região do Inferninho

Motivação seria ciúmes, após mulher receber um ovo de páscoa de um cliente; ela foi sequestrada no serviço

04/04/2024 às 08:21 | Atualizado 04/04/2024 às 08:04 Felipe Dias
Caso foi parar na Deam, em Campo Grande - Wesley Ortiz - arquivo/Ilustrativa

Na manhã desta quarta-feira (3), uma mulher de 23 anos compareceu à Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) para relatar uma terrível experiência envolvendo o ex-companheiro, um homem de 22 anos.

Segundo o depoimento da vítima, ela manteve um relacionamento com o homem por oito meses e já havia registrado um boletim de ocorrência anteriormente solicitando uma medida protetiva. O autor foi intimado em 7 de março de 2024, porém, aparentemente, as medidas legais não foram suficientes para evitar que fosse ameaçada novamente.

De acordo com o relato da vítima, ela trabalha na região central e, durante a Páscoa, recebeu um ovo de chocolate de um cliente. O homem, demonstrando ciúmes, ficou incomodado com o presente recebido pela vítima.

Nesta quarta-feira, enquanto a vítima estava trabalhando, o homem a abordou enquanto ela fumava do lado de fora do local de trabalho, como de costume. Ele insistiu em conversar, mencionando que não havia contato entre eles há quinze dias.

No entanto, durante a discussão, ele convenceu a vítima a entrar no carro dele. Já no veículo, ele a ameaçou, dizendo que a mataria e a levaria para a região do Inferninho, na saída para Rochedo.

Desesperada, a mulher conseguiu fazer uma ligação de vídeo para a ex-sogra, mãe do pai de seu filho, e compartilhou a localização em tempo real. A ex-sogra seguiu a vítima em outro veículo e acionou a Polícia Militar, porém, o autor conseguiu fugir antes da chegada das autoridades.

A vítima expressou seu desejo de representar judicialmente contra o agressor e já solicitou uma medida protetiva de urgência. Ela foi atendida no setor psicossocial e recebeu orientações para buscar assistência legal na Defensoria Pública de Defesa da Mulher.

Ela foi orientada a contatar a Guarda Municipal ou a Polícia Militar caso o agressor volte a importuná-la. Além disso, foi recomendado que ela compareça ao Ceam (Centro Especializado de Atendimento à Mulher) para acompanhamento psicossocial.