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há 3 semanas

Pivô de fraudes, ex-servidor faz delação premiada e se livra de denúncia em Sidrolândia

Foram denunciados 22 envolvidos no esquema que começou em 2017

19/04/2024 às 15:18 | Atualizado 19/04/2024 às 15:27 Thiago de Souza e Vinícius Squinelo
Delação livra investigado de processo - Gaeco Reprodução

O ex-servidor municipal de Sidrolândia, Tiago Basso da Silva, se livrou de ser denunciado pelo Ministério Público, em razão de fraudes em licitações de Sidrolândia. O livramento se deu por causa de delação premiada na investigação. 

O MPE denunciou 22 envolvidos no esquema criminoso, que tinha - em uma das vertentes - o vereador de Campo Grande, Claudinho Serra como mentor. Foram vários os crimes apontados, entre eles corrupção ativa, passiva, peculato e outros que envolvem licitações. 

No entanto, a denúncia também traz uma observação sobre Tiago Basso. 

''... deixa-se, por ora, de denunciar Tiago Basso da Silva pelos fatos descritos na inicial acusatória, por ter pactuado colaboração premiada com o Ministério Público'', diz o documento protocolado dia 17 de abril. 

Outro detalhe que chama a atenção é que a colaboração premiada já foi homologada pelo Tribunal de Justiça. 

Claudinho Serra  (esq.) seria mentor do esquema (Foto: Câmara CG e Instagram)

Os denunciados são: 

Claudinho Serra, vereador de Campo Grande, apontado como mentor do esquema; Carmo Name Júnior; Ueverton da Silva Macedo (vulgo Frescura); Ricardo José Rocamora Alves; Thiago Rodrigues Alves; Milton Matheus Paiva Matos; Ana Cláudia Alves Flores; Marcus Vinícius Rossentini de Andrade Costa; Luiz Gustavo Justiniano Marcondes e Jacqueline Mendonça Leiria. 

Também foram denunciados Heberton Mendonça da Silva; Roger William Thompson Teixeira de Andrade; Valdemir Santos Monção; Cleiton Nonato Correia; Edmilson Rosa; Fernanda Regina Saltareli; Maxilaine Dias de Oliveira; Roberta de Souza; Yuri Morais Caetano; Rafael Soares Rodrigues; Paulo Vitor Famea e Saulo Ferreira Jimenes. 

O MPE detalhou que o trabalho visou ''apurar organização criminosa destinada a fraudar licitações para desviar dinheiro público''. Os envolvidos começaram com as práticas criminosas em 2017, por isso o órgão classifica a situação como ''a existência de um duradouro esquema de corrupção incrustado na atividade administrativa do Município de Sidrolândia''. 

Os envolvidos são políticos, empresários, servidores públicos e agentes privados para obtenção de vantagens ilícitas na administração pública diante da não prestação ou não entrega do produto contratado pelo Município. 

O espaço está aberto para os citados e ou às defesas deles.