há 3 semanas
Vorazes ao defender Twitter, bolsonaristas do MS silenciam sobre TikTok banido nos EUA
Redes sociais podem sair do ar no Brasil e Estados Unidos
Deputados federais bolsonaristas foram enfáticos ao defender o ''X'' (antigo Twitter) de punições por ameaçar descumprir ordens judiciais brasileiras. No entanto, os direitistas silenciam sobre possível banimento do TikTok nos Estados Unidos.
As investidas - ou pelo menos ameaças dos governos brasileiro e norte-americano contra o X e TikTok - têm motivos completamente diferentes. No entanto, ambos os casos, envolvem centenas de milhões de usuários.
Ataque e silêncio
Em 17 de abril, o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL) compartilhou postagem dizendo que o governo brasileiro forçou o X a "cometer censura". No entanto, até o momento, não comentou sobre o TikTok.
Entramos em contato com a assessoria do parlamentar, mas não houve resposta.
O deputado Marcos Pollon, do mesmo partido, postou, no Instagram, a acusação de Elon Musk contra Alexandre de Moraes, em 11 de abril. Mas não houve citação ao TikTok.
Espionagem
Os EUA temem que a operadora do TikTok, que é a chinesa ByteDance, compartilhe dados dos cidadãos americanos com a Partido Comunista chinês. Sendo assim, aprovou uma lei que exige que a empresa seja vendida a um grupo não chinês para seguir atuando em solo americano.
Ainda segundo a lei americana, o TikTok terá nove meses para fazer a transferência, caso contrário será banida. A lei foi sancionada pelo presidente Joe Biden.
O País, no entanto, nunca se pronunciou sobre vazamentos de dados de cidadãos do mundo inteiro, que ocorreram com plataformas como Facebook.
Brasil
O caso brasileiro é diferente. O dono do X, Elon Musk, alega que recebeu ordens judiciais que considera ilegal e que obrigava a plataforma a retirar postagens, sobretudo de perfis bolsonaristas.
As decisões são referentes a processos de injúria, difamação e distribuição de notícias falas, as populares 'fake news'. No entanto, segundo o empresário, em algumas situações, o X era obrigado a informar o usuário que a exclusão do perfil era por iniciativa da plataforma e não da Justiça brasileira.
Uma reportagem do UOL compartilhada na rede chegou a ser excluída, mas voltou depois. Tudo conforme os trâmites judiciais brasileiros.
Musk ameaçou descumprir as ordens judiciais, mas levou o caso a uma câmara do Congresso Americano, que agora investiga o caso. O bilionário disse que é totalmente contra o banimento do TikTok nos EUA.