há 6 meses
Ministério Público pede prisão de marido que atropelou e matou mulher no Nova Campo Grande
Willames Monteiro foi solto mediante uso de tornozeleira eletrônica e responde pelo crime de feminicídio
A soltura de Willames Monteiro dos Santos, de 33 anos, que recebeu liberdade provisória mediante uso de tornozeleira eletrônica não passou em branco pelo Ministério Público, que apresentou um pedido de prisão preventiva do acusado de cometer um feminicídio contra Andressa Fernandes Teixeira, de 29 anos, após atropelar e matar a companheira no bairro Nova Campo Grande.
O crime aconteceu na noite do dia 20 de abril, logo após uma discussão envolvendo o casal e o acusado ter acelerado o carro e atropelado a vítima que o tentava impedir de sair de casa daquela forma alterada. Toda a dinâmica dos fatos aconteceu na frente dos filhos - menina, de 11 anos, e um menino, de 3 anos.
"As circunstâncias do delito perpetrado pelo recorrido repercutiram muito, de modo negativo na sociedade e a liberdade do autor no presente momento provoca sensação de impunidade, fazendo-se a prisão necessária para, além de resguardar a credibilidade da justiça, assegurar a paz da comunidade, sensivelmente abalada por delitos desta natureza", diz trecho do documento.
Willames foi preso em flagrante por policiais militares e levado para a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher). Ele passou por audiência de custódia na segunda-feira, dia 22, quando recebeu a liberdade provisória por parte da Justiça de Mato Grosso do Sul. O fato causou até surpresa na defesa do acusado, segundo soube a reportagem do TopMídiaNews.
O Ministério Público entende que "nem mesmo predicados pessoais totalmente favoráveis seriam suficientes para a concessão da liberdade ou aplicação de medidas cautelares diversas da prisão", reafirmando a necessidade da prisão preventiva de Willames.
"Assim, tais circunstâncias impõem a decretação da prisão preventiva do recorrido Willames Monteiro dos Santos, razão pela qual o Ministério Público Estadual pugna pelo provimento do presente recurso em sentido estrito", diz mais um trecho do documento apresentado na última semana a Justiça de Mato Grosso do Sul.