Política

há 9 meses

TCE vê 'coisa errada' em asfalto e João Alfredo pode ficar inelegível em Ribas do Rio Pardo

O mesmo vale para o ex-secretário Antônio Celso Júnior e outros da gestão anterior

28/02/2025 às 17:13 | Atualizado 28/02/2025 às 16:54 Thiago de Souza
João Alfredo pode ficar inelegível - Reprodução Perfil News - arquivo

Relatório de Inspeção do Tribunal de Contas de MS constatou irregularidades em obras de asfalto no Parque Estoril, em Ribas do Rio Pardo. Sendo assim, o ex-prefeito, João Alfredo Danieze e ex-secretários municipais podem ficar inelegíveis. 

Conforme a imprensa local, o caso se refere a obras de pavimentação, drenagem, sinalização e iluminação do Parque Estoril. O relatório apontou falhas no processo de contratação e na execução da obra, feita pela Engevil e que teve recursos da Caixa Econômica Federal. 

Denúncias

Denúncias acerca da má qualidade na obra, falta de fiscalização e problemas no controle da espessura da capa de rolamento haviam sido levantadas. Um dos líderes das queixas foi o ex-vereador ‘’Nego da Borracharia’’, à época responsável por alertar sobre os problemas no Parque Estoril e nas áreas vizinhas.

Ainda segundo divulgado, o Tribunal concluiu que houve ineficiência no controle tecnológico dos serviços executados e apontou irregularidades significativas na execução contratual. Sendo assim, o TCE recomendou que as penalidades previstas na Lei Complementar nº 160/2012 sejam aplicadas aos responsáveis pela má execução da obra. 

Foi dito também sobre o artigo 44 da legislação, que prevê a possibilidade de imposição de sanções, incluindo multas à empresa Engevil, que poderá ser impedida de firmar novos contratos com a Administração Pública e de receber benefícios fiscais.

Inelegibilidade 

O Tribunal de Contas indicou, para os gestores públicos envolvidos no processo, a inelegibilidade por um período de 5 a 8 anos, o que impediria João Alfredo Danieze, Antônio Celso Júnior e outros secretários de assumirem cargos públicos e de concorrerem a futuras eleições. A recomendação do TCE abre uma importante discussão sobre a responsabilidade na execução de obras públicas e as consequências para os envolvidos em casos de má gestão e fiscalização.

Além da investida do TCE, a apuração pode evoluir para processo judicial, caso novas investigações ou providências sejam tomadas pelas autoridades competentes. 

O espaço está aberto para manifestação dos citados e da empresa Engevil.