Política

há 10 anos

Nelsinho Trad diz que só aceita aliança para governo se PT for coadjuvante

Eleições 2014

14/11/2013 às 06:00 | Atualizado Aline Oliveira
Secretário Nelson Trad Filho - Foto: Geovanni Gomes

O ex-prefeito e atual secretário de Estado de Articulação, de Desenvolvimento Regional e dos Municípios, Nelson Trad Filho afirmou que a possibilidade de uma coligação com o Partido dos Trabalhadores (PT), só será viável se o partido aceitar a condição de coadjuvante no processo de candidatura ao governo do Estado, em 2014.

 

“Acredito que seja possível uma coligação com o PT, desde que venham somar conosco na qualidade de coadjuvantes e que os protagonistas sejamos nós do PMDB. Nós temos que ser cabeça de chapa já que o governo de Mato Grosso do Sul é nosso, então não tem porque mudar isso. É a mesma coisa de no cenário nacional, falar que o Michel Temer será o candidato a presidente a Dilma Roussef a vice. O comando nacional está com o PT e aceitamos ser coadjuvantes, agora aqui se não acontecer desta forma, teremos candidatura própria”, afirmou Trad Filho.

 

Questionado sobre as declarações do deputado Jerson Domingos (PMDB) que é favorável a aliança dos dois partidos e a candidatura do senador Delcídio do Amaral (PT), o secretário afirma que está tranquilo com as diferenças de opinião e não tem a pretensão de agradar todo mundo.

 

“Acredito que as divergências de opinião existem e não tenho a ilusão de ser unanimidade dentro de um colegiado partidário. Mas, tenho a convicção de ser ampla maioria, já que minha candidatura não é só minha, pertence a um grupo de pessoas e militantes partidários. Eles entendem que fiz uma boa administração com apoio do governador André Puccinelli e desejam que eu dê prosseguimento ao projeto de governo produtivo realizado até então”, destacou.

 

Ele afirmou ainda que não vê cabimento de entregar de ‘mão beijada’ ao adversário, todo o trabalho realizado e do qual o adversário foi contra sempre. “Não dá simplesmente para deixar de lado o trabalho árduo que realizamos. Eu represento um grupo de pessoas que me impulsionam com força e energia, mesmo em situações conflitantes como esta”, argumentou Trad Filho.

 

Conflitos Indígenas – Sobre a situação de conflito vivenciada por produtores rurais e grupos indígenas, o secretário espera que o governo se posicione com mais firmeza, já que tem de ser considerado o direito sagrado da propriedade. “Não se pode em hipótese nenhuma deixar que se utilizem questões ideológicas para sobrepor este direito protegido pela constituição federal. O que temos observado é que tem sido feitas demarcações sem critério e justiça. As terras distribuídas ficam improdutivas e acabam indo parar na mão de terceiros. E aqueles que lutam dia após dia são deixados de lado”, frisou.

 

Trad Filho acredita que o governo federal deva sim, respeitar os direitos dos indígenas em determinadas situações, mas precisa estabelecer uma política de colocar o índio na sua terra com produção e que possa gerar renda. “Não se pode simplesmente demarcar as áreas e largar os povos indígenas sem apoio. Isso acaba sendo usado por grupos de fora que aproveitam da situação para se beneficiar”, finalizou.