Campo Grande

há 4 meses

Lucas recebeu ameaças por envolvimento com mulher antes de ser executado no Centenário

Suspeito conhecido como "Caim" teria ameaçado a vítima após desentendimento por envolvimento com a ex-mulher

07/07/2025 às 09:30 | Atualizado 07/07/2025 às 10:54 Felipe Dias
Lucas era estudante e morador do bairro Coophavila II - Repórter Top

Antes de ser morto com pelo menos 15 tiros em uma tabacaria do Jardim Centenário, em Campo Grande, Lucas Ribeiro Pastor, de 24 anos, teria recebido ameaças diretas de um homem identificado como "Caim", com quem mantinha desentendimentos. A motivação das ameaças, segundo relatos colhidos pela polícia, seria o envolvimento da vítima com a ex-esposa do suspeito.

O crime aconteceu na madrugada desta segunda-feira (7), por volta de 0h40, e foi registrado como homicídio qualificado por emboscada. Lucas foi morto enquanto estava com dois amigos no interior de uma tabacaria.

Um homem armado, usando capacete preto e casaco escuro, entrou no local apontando a arma diretamente para Lucas e abriu fogo sem dar chance de reação. Mesmo após cair no chão, o jovem foi novamente alvejado com vários tiros na cabeça.

O médico que atendeu a ocorrência confirmou o óbito ainda no local. O amigo da vítima, atingido de raspão nas costas, sobreviveu.

A Polícia Civil apura a ligação entre o homicídio e as ameaças feitas anteriormente. Pessoas próximas relataram que Lucas vinha sendo intimidado por "Caim", suspeito de não aceitar o fim do relacionamento com a ex-mulher e o novo envolvimento dela com Lucas.

A suspeita também é levantada pela família, conforme relato de um parente, que não quis se identificar.

"Era um menino trabalhador, responsável e deixou uma filha. Estamos arrasados. Ele trabalhava na empresa da família, dos tios dele, junto com o pai e o irmão. Nunca mexeu com nada errado. Deve ter sido por causa dessa mulher mesmo, porque isso foi execução e não morte por causa de briga", disse.

Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos 15 estojos de munição calibre 9mm e nove projéteis. O celular da vítima e o sistema de monitoramento do estabelecimento também foram apreendidos, mas as câmeras não registraram o crime.

Testemunhas relataram a presença de uma motocicleta Falcon preta e prata circulando lentamente na região pouco antes dos disparos, indicando possível vigilância prévia.

Lucas era estudante e morador do bairro Coophavila II. O caso segue sob investigação. Até o momento, o autor dos disparos não foi identificado.