há 5 meses
Sistema trava e mulher com joelho quebrado vive há 3 anos à espera de prótese em Campo Grande
Mesmo com laudos, dores intensas e uso de cadeira de rodas, Rosimeire não consegue ajuda na rede pública
Moradora do Jardim Los Angeles, dona de casa Rosimeire de Sá Cardoso, de 55 anos, enfrenta um verdadeiro calvário em busca de atendimento médico digno, em Campo Grande. Com o joelho quebrado em dois lugares e diagnosticada, a paciente precisa de uma prótese fornecida pela rede pública.
Com artrite reumatoide, artrose, problemas cardíacos e depressão, ela está há três anos aguardando a prótese que vai dar de voltar mobilidade e qualidade de vida.
"Já estou me sentindo uma boneca de pano, jogada de um lado para o outro", desabafa Rosimeire, que precisa de cadeira de rodas, andador e uma joelheira adaptada para conseguir se locomover minimamente.
Ela relata que tem buscado atendimento em diferentes frentes, mas sempre sem retorno efetivo. "Vou ao posto de saúde, me mandam para o CEM (Centro de Especialidades Médicas), depois vou ao Hospital Universitário, e também não consigo nada. Tentei pela Defensoria Pública e fui negada. Não sei mais a quem recorrer", afirma, abalada.
A paciente é atendida na UBSF (Unidade Básica de Saúde da Família) do bairro Los Angeles, mas o processo para conseguir a cirurgia e a prótese não avança. Segundo ela, a espera prolongada tem agravado o quadro físico e até emocional.
A reportagem entrou em contato com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) para saber por que o atendimento e a prótese ainda não foram viabilizados e aguarda retorno.