Saúde

há 5 meses

Sistema trava e mulher com joelho quebrado vive há 3 anos à espera de prótese em Campo Grande

Mesmo com laudos, dores intensas e uso de cadeira de rodas, Rosimeire não consegue ajuda na rede pública

10/07/2025 às 07:00 | Atualizado 10/07/2025 às 09:28 Dayane Medina
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Moradora do Jardim Los Angeles, dona de casa Rosimeire de Sá Cardoso, de 55 anos, enfrenta um verdadeiro calvário em busca de atendimento médico digno, em Campo Grande. Com o joelho quebrado em dois lugares e diagnosticada, a paciente precisa de uma prótese fornecida pela rede pública.

Com artrite reumatoide, artrose, problemas cardíacos e depressão, ela está há três anos aguardando a prótese que vai dar de voltar mobilidade e qualidade de vida.

"Já estou me sentindo uma boneca de pano, jogada de um lado para o outro", desabafa Rosimeire, que precisa de cadeira de rodas, andador e uma joelheira adaptada para conseguir se locomover minimamente.

Ela relata que tem buscado atendimento em diferentes frentes, mas sempre sem retorno efetivo. "Vou ao posto de saúde, me mandam para o CEM (Centro de Especialidades Médicas), depois vou ao Hospital Universitário, e também não consigo nada. Tentei pela Defensoria Pública e fui negada. Não sei mais a quem recorrer", afirma, abalada.

A paciente é atendida na UBSF (Unidade Básica de Saúde da Família) do bairro Los Angeles, mas o processo para conseguir a cirurgia e a prótese não avança. Segundo ela, a espera prolongada tem agravado o quadro físico e até emocional.

A reportagem entrou em contato com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) para saber por que o atendimento e a prótese ainda não foram viabilizados e aguarda retorno.