Política

18/07/2025 09:21

Investida de Moraes contra Bolsonaro se deu dois dias após Trump anunciar 'tarifaço'

Aliados do ex-presidente veem motivação política na ação do STF

18/07/2025 às 09:21 | Atualizado 18/07/2025 às 09:04 Thiago de Souza
Moraes é acusado de agir politicamente - Reprodução Ascom - TSE

A operação sigilosa da Polícia Federal contra Jair Bolsonaro – por ordem de Alexandre de Moraes – começou a tramitar no STF apenas dois dias após o presidente americano, Donald Trump (R) anunciar tarifas de 50% aos produtos brasileiros. 

Segundo a Folha de SP, o procedimento sigiloso chegou ao STF e foi distribuído ao gabinete do ministro Alexandre em 11 de julho, dois dias após o anúncio da tarifa. 

Deputados aliados ao ex-presidente citam que as medidas impostas a ele tiveram motivação política e não jurídica, já que o militar sempre cumpriu as demais medidas cautelares e sempre garantiu – publicamente – que não iria fugir. 

Outro detalhe é que o mandado de busca se deu após Donald Trump enfatizar – mais uma vez – o apoio a Bolsonaro e até dizer que o processo contra ele tenha que acabar. Foram ao menos cinco manifestações do americano em favor do brasileiro – três delas espontaneamente. 

PF 

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi alvo de um mandado de busca e apreensão pela Polícia Federal na manhã desta sexta-feira (18). Na medida, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou ainda a proibição de Jair Bolsonaro usar suas redes sociais, e de se comunicar com seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está atualmente nos EUA.

''A Polícia Federal cumpriu, nesta sexta-feira (18/7), em Brasília, dois mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares diversas da prisão, em cumprimento a decisão do Supremo Tribunal Federal, no âmbito da PET n.º 14129'', disse a PF em nota.