Política

19/08/2025 08:50

PF faz operação contra corrupção em emendas de antiga pasta de Damares

Assessor de ex-deputado é alvo de operação da PF contra corrupção em contratos do Ministério dos Direitos Humanos

19/08/2025 às 08:50 | Atualizado 19/08/2025 às 14:44 Metrópoles, parceiro do TopMídiaNews
Divulgação

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (19/8) operação contra supostos crimes de peculato, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro em contratos do antigo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, na gestão da ex-senadora Damares Alves (Republicanos). Os contratos tinham como finalidade a formação profissional de mulheres e adolescentes e somavam R$ 3,8 milhões.

A operação policial, deflagrada pela Justiça Federal no Rio de Janeiro, não tem a senadora como alvo. A ação mira apenas pessoas sem foro privilegiado. Entre os investigados, está um ex-assessor do ex-deputado Professor Joziel (Patriota), responsável pelas emendas à entidade que firmou os contratos com a pasta. À época da apuração, Damares disse que levou as irregularidades à CGU.

Dois mandados de buscas são cumpridos em residências de investigados no Rio. A operação foi batizada de Kibali, segundo a PF, uma das maiores minas de ouro do mundo, em alusão às emendas parlamentares, que se tornaram verdadeiras minas de ouro.

A investigação foi feita em cooperação com a Controladoria-Geral da União (CGU), que identificou fraudes na celebração de dois termos de fomentos firmados pelo antigo Ministério da Mulher da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) com o Instituto de Desenvolvimento Social e Humano do Brasil – IDSH BRASIL. O instituto era gerido por um assessor do ex-deputado.

Segundo as investigações, os termos de fomento tinham como objetivo a formação profissional de mulheres em cursos de informática e formação profissional de adolescentes com o curso de designer gráfico e informática básica.

Apesar da transferência dos recursos da União, que são provenientes de emendas parlamentares obrigatórias, não houve a comprovação da realização dos cursos previstos, havendo indícios de malversação dos recursos públicos e direcionamento no momento da contratação dos serviços.