Saúde

há 3 meses

Com bebê em posição de risco, grávida é barrada em duas maternidades de Campo Grande

Grávida de 39 semanas precisa realizar uma cesárea antes da situação se complicar

02/09/2025 às 15:00 | Atualizado 02/09/2025 às 14:07 Brenda Souza
Ilustrativa - André Abreu

Grávida de 39 semanas está lutando para conseguir realizar o parto da sua filha em Campo Grande. Ela já teria passado pela Santa Casa e pela Maternidade Cândido Mariano, mas até o momento não teve atendimento médico.

Para o TopMídiaNews, ela explicou que a bebê já está pélvica, ou seja, sentadinha com o bumbum ou os pés virados para o canal de parto, em vez de a cabeça estar na posição ideal para o nascimento, por conta disso, Gislaine Barbosa, de 39 anos, deverá passar por uma cesariana.

“Com 35 semanas fui na Santa Casa com cólicas. A médica me examinou e me liberou, dizendo que minha bebê estava sentada. No entanto, ela me orientou a retornar com 39 semanas, para que fosse realizada um ultrassom para fazer a cirurgia”, explica.

Ao chegar lá, às 7h, o porteiro informou que os médicos estavam de recesso e que o atendimento seria normalizado após o almoço. A gestante então esperou e ao voltar, ficou sabendo que o ‘recesso’ seguiria por mais 24h.

“Mais uma vez eu esperei. Quando voltei, o porteiro nem me deixou entrar, contou que apenas casos de urgência ou grávidas encaminhadas das UPAs (Unidade de Pronto Atendimento), havia várias gestantes que ‘deram com a cara na porta’ igual eu”, contou.

Diante da situação, todas as grávidas estariam sendo encaminhadas para a Maternidade Cândido Mariano. Acontece que a maternidade teria recusado realizar a cesárea de Gislaine, pois ela precisaria estar de 41 semanas ou entrar em trabalho de parto.

“Lá estava lotado, porque todas foram mandadas para lá. A cesariana na Cândido é complicada, porque mesmo a neném estando sentada, eles não querem fazer a cirurgia, quem esperar eu entrar em trabalho de parto”, detalha ela indignada.

A situação vem se agravando pelo medo de complicações no parto e para a criança caso a cirurgia demore demais. “Agora a gente fica com medo, porque fica esse empurra-empurra. A gente não sabe o que vai ser feito”, finaliza.

A reportagem procurou a Santa Casa e a Maternidade Cândido Mariano, mas até a publicação desta matéria não teve resposta. O espaço segue aberto para manifestações futuras.