05/09/2025 10:20
Café em pó sobe quase 83% em um ano em Campo Grande; batata cai pela metade do preço
Cesta básica de Campo Grande caiu 0,90% em agosto, mas ainda acumula alta de 7,58% em 12 meses
O preço da cesta básica em Campo Grande registrou queda de 0,90% em agosto de 2025, em relação a julho, passando a custar R$ 768,79. Apesar da retração mensal, a capital sul-mato-grossense segue com a 6ª cesta mais cara entre as capitais pesquisadas, segundo dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) e do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
Na comparação com agosto de 2024, o valor acumulou alta de 7,58%. Já no acumulado do ano, entre janeiro e agosto, a variação é de -0,20%.
Variação dos produtos em agosto
Entre os 13 itens que compõem a cesta, quatro registraram queda:
- Tomate (-18,95%)
- Batata (-13,97%)
- Arroz agulhinha (-1,28%)
- Café em pó (-0,47%)
Os outros nove ficaram mais caros:
- Leite integral (+4,14%)
- Açúcar cristal (+2,30%)
- Carne bovina de primeira (+2,11%)
- Banana (+1,55%)
- Manteiga (+0,76%)
- Farinha de trigo (+0,73%)
- Pão francês (+0,62%)
- Feijão carioca (+0,46%)
- Óleo de soja (+0,46%)
Acumulado em 12 meses
Nos últimos 12 meses, sete produtos pressionaram a cesta, com destaque para:
- Café em pó (+82,99%)
- Tomate (+41,67%)
- Óleo de soja (+27,55%)
- Carne bovina de primeira (+26,15%)
Outros itens tiveram queda expressiva, como:
- Batata (-52,15%)
- Arroz agulhinha (-26,16%)
- Banana (-17,23%)
Peso no orçamento do trabalhador
Em agosto de 2025, um trabalhador remunerado com o salário mínimo de R$ 1.518,00 precisou dedicar 111 horas e 25 minutos de trabalho para comprar a cesta. O tempo foi menor do que em julho (112h26), mas ligeiramente acima do registrado em agosto de 2024 (111h20).
Considerando o salário líquido — após desconto de 7,5% da Previdência Social —, o gasto com a cesta representou 54,75% da renda em agosto de 2025. Em julho, o comprometimento era de 55,25%, e em agosto do ano anterior, 54,71%.