há 2 meses
'Era um bom filho, sem hábito de bebedeira', diz mãe sobre filho morto após beber destilado
Matheus tinha 21 anos, era descrito pela mãe como um filho carinhoso e caseiro, que nunca deu trabalho
"Meu pequeno era um bom filho, sem hábito de bebedeira. Era educado, nunca me deu trabalho", disse emocionada Maria José, 46 anos, ao relembrar do filho, Matheus Santana Falcão, de 21 anos, que morreu nesta quinta-feira (2) em Campo Grande após passar mal depois de ingerir bebida alcoólica.
A mãe relembra a personalidade do filho e faz questão de destacar que ele não costumava sair para beber. "Ele era mais caseiro, gostava de ficar em casa. O consumo [de bebida] era casual, sem exageros", contou.
Segundo Maria José, nesta quarta-feira (1º), Matheus havia ingerido apenas "meio corote", suficiente para que, no dia seguinte, apresentasse fortes dores e passasse mal antes de ser socorrido. Ele havia comprado a bebida com o irmão, em um estabelecimento próximo, porém, apenas ele bebeu.
Maria José descreve Matheus como um jovem tranquilo e respeitoso. "Sempre foi muito educado, um bom menino. Ele não era de beber. Não dava trabalho, não saía para a rua", contou.
O caso é investigado pela Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo), que já apreendeu a bebida consumida por Matheus e outras encontradas no comércio onde o produto foi comprado. O material passará por perícia para verificar possível adulteração.
Histórico em prontuário médico
De acordo com boletim de ocorrência, consta em seu prontuário digital um atendimento realizado quando Matheus possuía 18 anos. Neste mesmo atendimento, há também um relato de histórico de etilismo aos 12 anos.
Ainda no registro policial consta que Matheus negava acompanhamento psicológico ou psiquiátrico, mas relatava que, a partir dos 19 anos, fazia uso de bebida alcoólica para conseguir dormir.
Ele relatou também quadro de depressão aos 10 anos, após morte do pai, embora sua mãe negue essa informação no boletim de ocorrência.
Ao TopMídiaNews, a mãe confirmou um possível quadro depressivo do filho, porém negou que o filho bebia frequentemente. Segundo ela, o consumo era casual e em casa.
O corpo de Matheus passa por necropsia no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal), em Campo Grande, e exames complementares devem apontar a real causa da morte em até 30 dias. A família aguarda respostas e liberação do corpo para velório e sepultamento.