há 2 meses
Governo de MS descarta metanol na morte de jovem em Campo Grande
Substância nociva não estava presente no organismo de Matheus Santana Falcão
Governo de MS divulgou, nesta terça-feira (6), que a morte de Matheus Santana Falcão, 21 anos, na noite de quinta-feira (2), não tem ligação com a ingestão de metanol, em Campo Grande.
Conforme a divulgação, a Secretaria Estadual de Saúde e a Secretaria de Justiça e Segurança Pública informaram que os exames preliminares realizados pela Polícia Científica mostram que não havia presença da substância no organismo do falecido.
Ainda segundo o comunicado, a SES detalhou que foi notificada sobre a suspeita inicial de intoxicação por metanol e atua integrada a órgãos como Vigilância Sanitária. No entanto, ponderou que exames complementares seguem em andamento para detectar outras substâncias e apurar a causa da morte de Matheus.
''O Governo do Estado lamenta profundamente a perda do jovem, manifesta solidariedade aos familiares e reitera o compromisso com a apuração rigorosa dos fatos, adotando todas as medidas cabíveis para garantir a proteção da saúde pública''.
O que aconteceu com Matheus
Matheus passou mal nesta quinta-feira (2), após consumir bebida alcoólica na quarta-feira (1º), segundo confirmou a mãe, Maria José Duarte Santana, de 46 anos. "Meu menino tomou meio corote e acordou nesta quinta com dor no peito. Ele almoçou e dormiu. Depois, acordou às 14h vomitando sangue".
A mãe conta que o socorro, foi acionado, ele foi atendido na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Universitário, mas não resistiu. Ela reclama de descaso e demora no atendimento.
"Chamamos a ambulância, mas demorou muito. Quando chegaram, ele já estava quase desmaiando e foi levado para a UPA. Ele passou pela emergência, mesmo assim colocaram na ala amarela. Reclamei falando que ele tava com falta de ar e vomitando sangue, mas disseram para esperar, até que ele desmaiou. Foi quando foram fazer procedimento, mas já era tarde", relatou.
O jovem chegou à UPA Universitário por volta das 18h20, consciente, orientado e conversando com a equipe médica. Ele se queixava de dor no estômago, náuseas e havia vomitado um líquido escuro.
Pouco tempo depois, o quadro se agravou com convulsões e parada cardiorrespiratória. O atendimento durou cerca de 50 minutos, mas Matheus não resistiu e morreu às 19h53.