há 2 meses
Pai de assassino de idoso no Caiobá diz que filho é usuário e toma remédios controlados
Rapaz atraiu idoso com latinhas, matou e enterrou corpo no fundo de casa em Campo Grande
O pai do rapaz de 23 anos que confessou ter assassinado e enterrado Ramão Lopes, 75 anos, no quintal de casa, no Portal Caiobá, em Campo Grande, afirmou à polícia que o filho é usuário de drogas e faz uso de medicação controlada. O crime, descoberto nesta segunda-feira (6), chocou a família e a vizinhança ao encontrarem o corpo entre lençóis.
De acordo com o boletim de ocorrência, o rapaz estava sentado em frente à residência quando viu a vítima passar em uma bicicleta elétrica usada para recolher materiais recicláveis. Ele chamou o homem e ofereceu algumas latinhas de alumínio que estariam nos fundos do imóvel.
Assim que a vítima entrou na casa, o autor relatou ter sido tomado por um impulso. Disse aos policiais que, naquele momento, “sentiu vontade de matar”. Antes de cometer o crime, chegou a mover uma câmera de segurança para que as imagens não registrassem o ato.
Em seguida, desferiu um chute contra o idoso, derrubando-o no chão. Depois aplicou um golpe de mata-leão e, quando a vítima tentou reagir, pegou uma faca e desferiu pelo menos três golpes na região do tórax. Com o idoso já caído, o rapaz ainda utilizou uma barra de ferro e o golpeou diversas vezes.
Após o homicídio, o jovem tentou esconder o corpo, enterrando no quintal e cobrindo com panos para que os familiares não vissem. No entanto, o comportamento dele despertou desconfiança.
O irmão percebeu algo estranho quando o autor lhe ofereceu uma bicicleta elétrica, e a mãe notou um trecho do quintal com terra recém-remexida. Ao cavarem, encontraram o corpo e acionaram a polícia.
Durante as buscas, os policiais encontraram um celular ensanguentado próximo ao local. Enquanto era periciado, o aparelho tocou — era o filho do dono do telefone, preocupado com o pai desaparecido. Ele foi até o endereço e confirmou que a vítima era seu pai.
O suspeito foi preso em flagrante por equipes do Batalhão de Choque da Polícia Militar e encaminhado à Delegacia de Polícia Civil. O caso é investigado como homicídio qualificado e ocultação de cadáver.