Política

07/10/2025 16:41

Tavares tem recurso negado no STJ e segue condenado por crime de ódio em MS

TopMídiaNews foi o primeiro site a noticiar processo contra o ativista de direita

07/10/2025 às 16:41 | Atualizado 07/10/2025 às 16:33 Thiago de Souza
Vereador diz que recorrerá até o fim - Reprodução Instagram

Vereador Rafael Tavares (PL) teve um pedido de habeas corpus rejeitado pelo STJ, nesta semana. Com a recusa, o parlamentar segue condenado por crime de ódio contra minorias, em decisão proferida pelo Tribunal de Justiça de MS. 

Conforme explicado pelo próprio parlamentar, a defesa dele impetrou um habeas corpus alegando diversas nulidades na decisão da Justiça Estadual. Ele destaca que negado apenas o HC e não houve nenhuma decisão sobre o mérito do processo. 

Ainda segundo Tavares, o ministro Rogério Schietti Cruz não conheceu do habeas corpus porque ainda havia embargos (recursos da defesa do parlamentar) tramitando no TJ de MS.  

Agora, a defesa do bolsonarista vai esperar todos os recursos se esgotarem na corte estadual para depois levar o caso ao STJ. 

Inédito 

O TopMídiaNews foi o primeiro site a divulgar abertura de investigação contra Tavares, por suposta pregação de ódio contra negros, índios e japoneses. Ele foi condenado na primeira instância da Justiça em 2023; ele apresentou recurso ao próprio magistrado que o condenou, mas que foi negado. 

Tavares também foi condenado em segunda instância, em abril de 2025. Desde então, tem apresentado recursos contra os reveses jurídicos. 

Processo

À época dos fatos, 2018, Rafael era apenas um militante de direita que celebrava a ascensão de Jair Bolsonaro. Ele fez um post irônico para rebater críticas ao então candidato, que afirmavam que ele seria uma pessoa contra negros e homossexuais. 

Apesar da fala irônica, reconhecida pelos próprios interlocutores da postagem feita no Facebook, um denunciante acionou o Ministério Público e o ativista fora condenado por discurso de ódio A justificativa é que Tavares não usou emojis – figurinhas – para alertar os usuários que aquilo seria uma ironia.