08/10/2025 10:46
Choque descarta latrocínio em morte no Caiobá: 'matou por matar' (vídeo)
Assassino matou por vontade e tentou vender bicicleta para apagar pistas
O Batalhão de Choque da Polícia Militar descartou, nesta quarta-feira (8), a possibilidade de o assassinato de Ramão Lopes, de 75 anos, ter sido um caso de latrocínio, roubo seguido de morte, no Portal Caiobá, em Campo Grande.
Segundo o tenente-coronel Rocha, o autor, de 23 anos, matou por vontade, sem qualquer intenção de roubar.
“O homicídio foi cometido sem objetivo de roubo. Ele matou por matar. A tentativa de vender a bicicleta elétrica da vítima foi apenas para se livrar de uma prova”, explicou durante coletiva.
Ainda conforme o Choque, o assassino não resistiu à prisão e confessou o crime no momento em que os policiais chegaram ao local. Câmeras de segurança flagraram o momento em que o jovem vira o equipamento de vigilância antes de atacar, para evitar ser filmado.
A corporação também confirmou que a família do autor relatou à polícia que ele faz uso de remédios controlados e drogas, mas não informou que tipo de medicação ou patologia o rapaz teria.
“Sempre que o criminoso é abordado e não oferece resistência, ele é preso. Quando há confronto, é porque reagiu ou tentou atacar os policiais”, reforçou o tenente-coronel, ao comentar sobre a atuação das equipes.
Relembre o caso
O crime aconteceu na segunda-feira (6). O jovem estava sentado em frente à casa quando viu o idoso passar na rua com uma bicicleta elétrica usada para transportar materiais recicláveis. Ele chamou a vítima, oferecendo algumas latinhas que estariam nos fundos do imóvel.
Assim que Ramão entrou, o assassino disse à polícia que “sentiu vontade de matar”. Antes de agir, virou a câmera de segurança para que o crime não fosse registrado. Em seguida, derrubou o idoso com um chute, aplicou um golpe de “mata-leão” e o esfaqueou no tórax. Mesmo após a vítima cair, o autor ainda usou uma barra de ferro para desferir novos golpes até matar.
Logo depois, enterrou o corpo no quintal e cobriu com panos. Horas mais tarde, tentou vender a bicicleta elétrica da vítima ao próprio irmão, levantando desconfiança da família.
A mãe percebeu terra remexida e manchas de sangue no quintal e, ao questionar o filho, ouviu dele: “melhor não olhar”. Mesmo assim, cavou parte do local e encontrou o corpo do idoso enterrado.