In Memoriam

há 1 mês

Morte de Marlene comove e causa indignação em Campo Grande: 'era nossa alegria'

Ela foi a segunda vítima fatal do acidente grave ocorrida no Tijuca

10/10/2025 às 17:00 | Atualizado 10/10/2025 às 11:51 Brenda Souza
Marlene faleceu na noite de quinta, após 47 dias de internação - Reprodução/Redes Sociais

Ainda incrédulos com a partida de Marlene Spati Pedrosa, de 61 anos, que faleceu na última quinta-feira (9), após lutar pela vida por 47 dias, amigos e familiares utilizaram as redes sociais para se despedir. Ela foi uma das vítimas do trágico acidente ocorrido na noite de 23 de agosto, no cruzamento entre a Avenida Conde de Boa Vista e a Rua Rio da Prata, no bairro Tijuca, em Campo Grande.

Na ocasião, Marlene estava como passageira de um Fiat Uno que acabara de sair de um culto na igreja. O veículo foi atingido violentamente por um Renault Logan, conduzido por um motorista embriagado, que avançou o sinal de "Pare" e dirigia em alta velocidade. A colisão tirou a vida do pequeno Miguel Nunes Alves Bezerra, de apenas 7 anos, que faleceu ainda no local. Marlene foi socorrida em estado grave e permaneceu internada na Santa Casa até sua morte.

“Deus tirou a vida da minha tia, que era sempre alegre”, lamentou uma sobrinha, emocionada. “Ela era uma pessoa de luz, uma presença que enchia qualquer ambiente de vida”, completou uma colega.

A tragédia abalou profundamente duas famílias e comoveu toda a cidade. Para os familiares e amigos, Marlene era uma mulher alegre, querida, uma criatura incrível que agora parte deixando saudades eternas.

“Minha irmã era uma pessoa alegre, cheia de vida... Aí vem um bêbado, mata, tira nossa alegria, e nada é feito. Sempre a mesma coisa: a impunidade”, desabafou um familiar. “A justiça deve ser feita. Duas famílias foram destruídas por conta de um irresponsável bêbado”, comentou outra pessoa próxima, refletindo a indignação compartilhada por muitos.

Segundo testemunhas, o motorista tentou fugir logo após a batida, mas foi contido por populares até a chegada da Polícia Militar. Em audiência de custódia, admitiu estar embriagado, e sua prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva. A Polícia Civil segue investigando o caso e deve anexar imagens de câmeras de segurança ao inquérito.

“Eu desacredito de um mundo justo. Os irresponsáveis sempre sobressaem sem penalizações, infelizmente. E em Campo Grande o índice de gente irresponsável é bem alto”, desabafou uma amiga da família.

Marlene havia acabado de sair da igreja com os familiares quando o acidente aconteceu. O momento que deveria ser de paz e comunhão terminou em dor e devastação.

“Sem acreditar, amiga... você se foi tão cedo. Vai deixar saudades. Que Deus conforte o coração de todos os familiares e amigos.”

Ainda não foram divulgadas informações a respeito do velório e sepultamento de Marlene.