A pequena Kimberly Thalia Gomes Pacheco, de 3 anos, espera há mais de 45 dias para retirar a tala e os pinos colocados no braço após uma cirurgia realizada na Santa Casa de Campo Grande. A família relata que não consegue atendimento desde o início da greve dos médicos e teme complicações no quadro da menina.

De acordo com a mãe, Thaynara Gomes da Luz, de 23 anos, a filha quebrou o braço no dia 9 de setembro e foi levada para a Santa Casa, onde passou por cirurgia no dia seguinte. Após o procedimento, Kimberly recebeu alta com o braço imobilizado e o encaminhamento para retorno em 15 dias.

No entanto, ao comparecer ao hospital no dia 24 de setembro, a família foi informada de que os médicos estavam em greve e o atendimento seria reagendado. O mesmo aconteceu nas tentativas seguintes, quando no papel havia retorno após 30 dias, mas também não foram atendidas.

"Quando não me atenderam pela segunda vez, alegando não ter médicos por conta da greve, procurei o CEM (Centro de Especialidades Médicas), mas fui informada de que apenas a Santa Casa poderia dar continuidade ao tratamento", conta.

No local, a mãe conseguiu apenas a troca da tala da filha, pois estava muito suja, mas foi alertada de que ali não poderiam ser feitas novas trocas, pois apenas a Santa Casa poderia mexer no braço da paciente.

Ainda segundo Thaynara, o novo retorno para retirar os pinos seria com 45 dias, mas após procurar novamente o hospital, não recebeu atendimento.

"Minha filha se queixa de coceira e dor no local. Não sei se está inflamado, porque ninguém olha. A gente não sabe mais o que fazer”, desabafa.

A família também registrou reclamação na ouvidoria da Santa Casa, mas foi informada de que o prazo de resposta é apenas em 21 de novembro — mais de dois meses após a cirurgia.

A reportagem entrou em contato com a Santa Casa de Campo Grande sobre o caso e aguarda retorno.

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